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Expedição aproxima chefs de cozinha de agricultores familiares de Pintadas

Grandes nomes da gastronomia baiana vão ter a oportunidade de conhecer a diversidade da agricultura familiar da Bahia, por meio das “Expedições Gastronômicas: Da roça para a mesa”, que têm o objetivo de aproximar chefs de cozinha aos produtores, aos produtos da agricultura familiar e à cultura alimentar de diferentes localidades. A primeira, da série de seis expedições, chamada de ‘Explorando o Mundo do Bode na Caatinga’, foi realizada no município de Pintadas, nesta segunda-feira (24) e terça-feira (25).

A ação contou com a participação de cinco chefs, que puderam conhecer o sistema produtivo da capriovinocultura de corte, compreender o habitat natural do bode, seu modo de vida, alimentação na caatinga, as técnicas tradicionais, além de trocar experiências com os produtores locais.

O grupo ainda conheceu a dinâmica do trabalho na agricultura familiar, voltada para o cooperativismo e associativismo, da Cooperativa da Agricultura Familiar de Pintadas (Cooap), onde foi possível vivenciar o abate, resfriamento, cortes finos e congelamento das carnes.

As Expedições pretendem também inspirar novas receitas e promoção dos produtos nos restaurantes. Para isso, o grupo testou os cortes das carnes e tiveram o desafio de lançar uma receita gastronômica com o produto. Após a experiência vivenciada, cada Chef preparou um prato especial que foi servido para os cooperados no momento denominado “Cozinhando bode na roça com os chefs”.

Da roça para a Mesa na Caatinga é uma iniciativa do Slowfood Nordeste e conta com a parceria do Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

De acordo com o assessor do Bahia Produtiva, Guilherme Souza, o trabalho do projeto é aproximar o chef de cozinha à cooperativa, contribuindo para seu posicionamento no mercado: “Estamos realizando missões técnicas com chefs de cozinha, cozinheiros, donos de restaurantes aos projetos que apoiamos. Em Salvador, existem vários restaurantes que têm esse valor agregado ao cardápio e cada vez mais os chefs de cozinha desses restaurantes querem se aproximar do agricultor familiar que produz os produtos que vão para a mesa dos baianos”.

Origem do alimento

O chef Rafael Zacarias, dono do Bravo Burger Beer, eleita a melhor hamburgueria do Brasil, foi um dos participantes da expedição: “A Expedição ao Mundo do Bode foi fundamental pro meu trabalho. Eu já comprava a carne da Cooap e não conhecia procedência, mas já sabia da qualidade, pois fizemos três testes na Bravo e eles foram o que mais se destacaram. Quando recebi o convite pra conhecer a cooperativa foi interessantíssimo. Ver o produtor rural sendo instruído a fazer o manejo de uma maneira que tenha como resultado uma qualidade tão boa de carne foi um grande experiência”.

Zacarias destacou que o produtor rural é a peça mais importante de todo esse processo: “O jeito que ele trata e alimenta os animais e todo o manejo faz a diferença e, no frigorifico, observamos o trabalho de segurança alimentar, de procedimentos corretos e profissionais capacitados. Isso nos dá uma tranquilidade de adquirir esse produto. Plantamos uma semente, agora é motivar e crescer”.

Para a coordenadora do Slowfood Nordeste, Revecca Tapie, o projeto foi criado para promover um produto bom, limpo e justo. “A partir do momento que um chefe conhece a origem do alimento e se aproxima do produtor, ele se torna um co-produtor, levando a diversidade de sabores da Bahia para seus clientes”.

Ao longo do semestre serão realizadas mais cinco expedições. A próxima será para conhecer o trabalho realizado com o licuri pela Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), localizada na cidade de Capim Grosso.

Bahia Produtiva

O Bahia Produtiva está investindo R$1,5 milhão na Cooap em aquisição de equipamentos e adequações na infraestrutura do frigorífico e abatedouro, além da implantação de dois hectares de palma, para a segurança alimentar do rebanho. A chegada desses novos equipamentos, automatizados, irá permitir melhores condições de trabalho para os profissionais da cooperativa, aumentar o volume de estocagem e ampliar a capacidade de produção.

 

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