InícioHomePlug quer acabar com o apagão de Wi-Fi transmitindo internet pelas tomadas

HomePlug quer acabar com o apagão de Wi-Fi transmitindo internet pelas tomadas

Mesmo dentro de casa, o sinal da internet Wi-Fi é problemático: sempre tem um canto que o sinal é pior. Como a maioria das casas é feita de concreto, não existe santo que faça a internet sem fio funcionar de forma uniforme pelos cômodos. A tecnologia HomePlug (ou PLC – Power Line Communication) quer acabar com esses problemas de conectividade ao transformar as tomadas de casa em pontos de rede.

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Imagine que um roteador esteja instalado em um quarto na parte superior de uma casa e o sinal não chega na cozinha. Basta ligar um cabo de rede a um adaptador HomePlug no dormitório e um outro numa tomada da cozinha. O primeiro transforma as tomadas presentes naquele circuito elétrico em pontos de rede, enquanto o segundo é responsável por espalhar o sinal de internet (via Wi-Fi ou ponto de rede RJ-45), replicando as informações de rede.

“A HomePlug usa sinais de rádio de baixa frequência que passam pelos cabos da rede elétrica para fazer a transmissão da internet”, explicou Rob Ranck, presidente da HomePlug Alliance, ao Gizmodo Brasil durante a Futurecom 2015 (evento anual do setor de telecomunicações).

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Diagrama da TP-Link mostra a propagação de internet pela rede elétrica (powerline) por cômodos de casa

A tecnologia HomePlug não é nova. O padrão que define a tecnologia é de 2000 e as soluções já são relativamente famosas em países europeus, especialmente na França. No Brasil, as marcas começaram a trazer recentemente soluções para o mercado local

Segundo Ranck, a adoção no país europeu foi rápida, pois as operadoras de internet passaram a oferecer soluções de IPTV e precisavam garantir que a rede das casas funcionasse em alto desempenho. Atém disso, tem uma questão estrutural: as casas em parte dos países europeus têm paredes grossas, geralmente de concreto, o que impede a propagação do sinal sem fio. Logo, a solução esteve na rede elétrica.

De acordo com a HomePlug Alliance (consórcio de empresas que cuida da padronização da tecnologia), os dispositivos atingem picos de transmissão de 500 Mbps na rede elétrica, e 300 Mbps para replicação de sinal Wi-Fi. No entanto, a velocidade real média considerada pela indústria varia entre 100 Mbps e 150 Mbps.

Preço alto e interferência

A tecnologia é bacana, mas ainda cara. Aqui no Brasil, empresas como TP-Link e D-Link lançaram recentemente alguns dispositivos HomePlug. O kit com dois aparelhos (um que é ligado a um cabo do roteador e outro que fica no cômodo com sinal fraco) das marcas varia entre R$ 300 e R$ 400 (preços sugeridos) — o que é praticamente o valor de um roteador novo. Para lugares onde não há muitos obstáculos, um repetidor Wi-Fi convencional de menos de R$ 100 pode resolver.

Um outro problema envolve a qualidade da rede elétrica. Apesar de o consórcio HomePlug dizer que os adaptadores contam com filtro para reduzir ruídos de sinal, existe a possibilidade de interferência. Sem contar que não é recomendado usar os adaptadores em filtros de linha com outros itens, por exemplo.

Em conversas antigas, o governo brasileiro até incluiu internet via rede elétrica no PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). Porém, até o momento não há nada significativo — a Intelig, por exemplo, fez alguns testes por aqui em 2010, mas não decolou.

Enquanto as operadoras não adotam a tecnologia, o jeito é usar para tentar melhorar o Wi-Fi mesmo, apesar de ainda ser uma opção cara.

Por | Gizmodo.uol.com

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