O clássico entre Corinthians e Palmeiras no próximo domingo, às 17h, no Pacaembu, promete ser tenso. Vivendo dias conturbados desde a invasão de torcedores ao CT Joaquim Grava, o time do Parque São Jorge chega pressionado pela torcida e por conta da má campanha no Paulistão. Por isso, o goleiro do Verdão, Fernando Prass, vê um dérbi de risco. O capitão alviverde pede mais segurança para a partida.
– Os responsáveis pela segurança vão estar atentos porque é sem dúvida nenhuma um jogo de risco. Mesmo que venha uma pequena parte da torcida do Palmeiras, o momento do Corinthians é muito tenso. Em um clássico então, uma eventual derrota pode potencializar isso. Tenho certeza que haverá um cuidado especial com a segurança – cobra Prass.
Valdivia concorda com o goleiro do Palmeiras e também pede ação efetiva da Polícia Militar na partida. O Mago, no entanto, entende que os jogadores dos dois times não podem criar um clima hostil durante a semana que antecede o dérbi.
– Sim (é um jogo de risco). Quem tem de dar segurança para nós tem de se manifestar, que é o policial. Mas se os jogadores criarem uma tormenta para esse jogo, a tormenta vai vir. Temos de pedir para os torcedores de Corinthians e Palmeiras lotarem o Pacaembu e só torcer. Que cada torcida apoie o seu time e que nós nos dediquemos dentro de campo. Vamos tentar fazer um futebol melhor, sem violência – afirma Valdivia.
O técnico Gilson Kleina fica sério quando o assunto é violência. E mostra receio grande com o clima nas arquibancadas do Pacaembu.
– É claro que tenho essa preocupação. A violência está batendo nas nossas portas. O que aconteceu não foi um fato isolado. As autoridades têm de tomar as atitudes cabíveis. É inadmissível a pancadaria. O esporte é uma cultura muito forte no nosso país. Que o nosso país consiga manter e não perca para a minoria.
Com 19 pontos, o Palmeiras lidera o Grupo D e ostenta a melhor campanha do Paulistão. A equipe está invicta no estadual, com seis vitórias e um empate. Já o Timão é o lanterna do Grupo B, com sete pontos.
