De acordo com o levantamento do Datafolha, 94% dos brasileiros afirmaram já ter passado por uma situação climática extrema. Entre eles, 40% consideram que o próprio bairro não está preparado para enfrentar eventos climáticos extremos. A pesquisa ainda aponta que cerca de 19% dos entrevistados acreditam que a região em que vivem está muito preparada para qualquer episódio e 37% acreditam que o bairro está parcialmente preparado. O ano de 2023 foi repleto de desastres causados por fenômenos do clima em todo o país. No litoral paulista, tempestades causaram deslizamentos de terras e mortes no Carnaval, o nível do Rio Acre, que corta a capital Rio Branco, foi o maior dos últimos oito anos, e causou inundações, a seca no Amazonas isolou comunidades, causou a morte de peixes e botos, e trouxe problemas de abastecimento, no Pantanal as queimadas se agravaram e no Rio Grande do Sul as chuvas torrenciais causaram enchentes. A pesquisa do Datafolha tratou dos impactos observados e da percepção do brasileiro sobre a emergência climática causada pelo aquecimento global.
O calor extremo foi o problema mais relatado pela população (89%), seguido de chuva intensa ou tempestade (50%), enchente ou alagamento (31%) e seca extrema (30%). Quando o assunto é a preparação da própria moradia, os entrevistados demonstraram preocupação maior com a seca extrema, enquanto o maior nível de preparo dos lares, de acordo com os participantes da pesquisa, é para enchentes e alagamentos. O estudo também indicou que em 20% das residências há alguém que precise de cuidados especiais, como idosos ou doentes crônicos, em 12% dos lares há pessoas que dividem quartos, 15% convivem com falta de água e 11% com cortes de energia. O levantamento, que tem margem de erro de 2 pontos percentuais, foi realizado com cerca de 2.000 pessoas com 16 anos ou mais em 135 municípios brasileiros.
*Com informações da repórter Letícia Miyamoto