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8 de janeiro: G.Dias recebeu cinco alertas sobre risco de invasão, mostram mensagens

Segundo mensagens que a CNN teve acesso, Abin fez diversos alertas ao então ministro do GSI sobre possibilidade dos atos serem violentos

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Ex-Ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, General Marco Edson Gonçalves Dias, durante depoimento

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias recebeu cinco alertas entre 6 e 8 de janeiro sobre o risco de invasões aos prédios na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes. Segundo relatório obtido pela CNN, que teve acesso a mensagens trocadas pelo celular de “G.Dias”, o ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura Cunha avisou ao então chefe do GSI, inclusive, sobre a possibilidade de pessoas armadas estarem presentes. Saulo já havia declarado à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérita) do 8 de Janeiro que enviou ao menos 33 mensagens sobre o risco de ataques a autoridades responsáveis. As mensagens desmentem falas de G. Dias sobre o episódio.

Na manhã do dia 6 de janeiro, G.Dias mandou uma mensagem para Saulo Cunha sobre postagens em grupos bolsonaristas que orientavam os manifestantes a fechar a entrada de acesso à Praça dos Três Poderes. Saulo Cunha respondeu que as mensagens seriam “bravatas”, mas à noite, por volta das 20h, mudou o posicionamento e fez o seguinte informe ao ministro do GSI: PERSPECTIVA DE MANIFESTACÕES EM BRASÍLIA. 06/01/2023 – 19h40. A perspectiva de adesões às manifestações contra o resultado da eleição convocadas para Brasília para os dias 7, 8 e 9 jan. 2023 permanece baixa. Contudo, há risco de ações violentas contra edifícios públicos e autoridades. Destaca-se a convocação por parte de organizadores de caravanas para o deslocamento de manifestantes com acesso a armas e a intenção manifesta de invadir o Congresso Nacional. Outros edifícios na Esplanada dos Ministérios poderiam ser alvo de ações violentas”, diz a mensagem.

No dia 7 de janeiro, às 11h22, Saulo faz outro alerta a G.Dias. Ele registra a chegada de 18 ônibus vindos de outros Estados para participar dos atos no dia seguinte. “Mantêm-se convocações para ações violentas e tentativas de ocupações de prédios públicos, principalmente na Esplanada dos Ministérios. Desde a madrugada de hoje caminhões tanque que transportam combustível não acessam a distribuidora de combustíveis anexa à refinaria (REVAP) de São José dos Campos-SP. Há presença de manifestantes auto intitulados ‘patriotas’ no local”, diz um trecho do informe. Cerca de uma hora depois, o então diretor da Abin avisa sobre a chegada de outros ônibus e reforça que as convocações para a manifestação tinham cunho violento. Ainda na véspera do 8 de janeiro, às 18h28, a Abin fez um quarto alerta uma mobilização denominada “Tomada de Poder”.

Já no fatídico dia, o general Gonçalves Dias recebeu o quinto alerta. De 8h53 até 12h05, a Abin fez alertas e enviou placas de 99 ônibus para o GSI. Dias chegou a responder “vamos ter problemas” em uma das mensagens. A partir das 14h, os manifestantes começaram a chegar na Esplanada dos Ministérios, e minutos depois, iniciaram a invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), o principal alvo do ato violento.

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