Veículo Cruze/GM roubado em Vila Velha (ES) é recuperado pela PRF em Eunápolis (BA) com placas clonadas. As placas originais do automóvel foram trocadas para burlar fiscalizações.
Um veículo Chevrolet/Cruze, com ocorrência de roubo registrada em janeiro deste ano, foi recuperado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na noite desta segunda-feira (11), em Eunápolis na Bahia.
Durante fiscalização de rotina, no Km 728 da BR 101, uma equipe da PRF abordaram um veículo Chevrolet/Cruze, com placas de São Paulo (SP), após o condutor ter realizado ultrapassagem em local proibido.
O automóvel era conduzido por um homem de 37 anos e tinha como passageiro outro homem de 31 anos. Durante a fiscalização no automóvel, foram encontradas diversas adulterações nos registros identificadores e os agentes após minucioso procedimento de identificação veicular, verificaram se tratar de um Chevrolet/Cruze roubado no mês passado, na cidade de Vila Velha (ES).
Para não levantar suspeitas, as placas originais foram trocadas por outras “clonadas” de um Cruze com características semelhantes.
O veículo apreendido, o motorista e o passageiro foram apresentados na Delegacia de Polícia Civil, em Eunápolis (BA), para os procedimentos cabíveis.
O combate às fraudes veiculares é uma das áreas de atuação ordinária da PRF e ações pontuais são realizadas sempre que se constata uma maior incidência desse tipo de crime em determinadas regiões do país.
Como funciona o crime
O crime de fraudes veiculares resulta em múltiplas vítimas e está dividido em três fases distintas: o roubo, a adulteração e a revenda.
Na primeira fase temos claramente identificada a primeira vítima, que é a pessoa que teve seu veículo furtado ou roubado e, neste último caso, frequentemente com o uso de violência por parte dos criminosos.
Na segunda fase, a adulteração, os criminosos trocam a identificação do veículo e seus documentos para que pareça ser um veículo regular, também conhecida como clonagem. Neste momento o veículo recebe placas de outro veículo idêntico e o proprietário desse veículo, que se encontra em situação regular, torna-se a segunda vítima dos criminosos pois passa, muitas vezes, a receber multas de trânsito por infrações relacionadas ao veículo clonado.
A terceira e última fase é a revenda, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados, muitas vezes negociados em sites na internet por valores inferiores ao preço real do veículo. Nesta terceira fase do crime temos a terceira vítima em potencial, o comprador que, inadvertidamente, passa a ter a posse do veículo clonado.
Por | PRF