Foi preso nesta segunda-feira (9) na cidade de Domingos Martins, no estado do Espírito Santo, o homem que estava foragido da polícia por ser o principal suspeito de matar, esquartejar e queimar a ex-companheira Franciane Moizes Pedro, de 27 anos, em Miracema, no Noroeste Fluminense, além de estuprar várias adolescentes e transmitir HIV.
A Polícia Civil de Domingos Martins disse que Gutemberg Xavier Alves estava em um novo relacionamento usando nome falso.
“Mostra-se que ele tem uma personalidade perversa. Uma espécie de serial killer. Com perversidade porque ele mata com requintes de crueldade. Transmite a Aids para as pessoas com consciência. Ele é um perpetrador de altíssima periculosidade”, disse o Delegado-geral da Polícia Civil do ES, José Darcy Arruda.
O corpo da vítima foi carregado em sacolas com a ajuda de um adolescente com transtorno mental, que disse ter sido enganado pelo suspeito acreditando se tratar de um cachorro morto, segundo a polícia.
Gutemberg foi encontrado após uma denúncia anônima feita à Polícia Civil do Espírito Santo. A denúncia informava que o suspeito estava escondido em uma casa próximo a uma creche no Centro da cidade capixaba.
A polícia informou ainda que amigos disseram em depoimento que a vítima contou antes de ser morta que Gutemberg a obrigava a comer fezes. A vítima também era obrigada a assistir vídeos do ex-companheiro fazendo sexo com outras mulheres.
Segundo a Polícia Civil, após a prisão, Gutemberg assumiu ser a pessoa que estava sendo procurada pela polícia do Rio de Janeiro. A prisão foi em cumprimento a uma mandado de prisão temporária expedido pelo Juízo da Comarca de Miracema.
De acordo com o delegado de Miracema, Gésner Bruno, o inquérito está concluído.
“Agora vamos acrescentar as informações colhidas pela polícia do Espírito Santo e enviar para a Justiça o pedido de conversão da prisão temporária para preventiva. O acusado usou do direito de permanecer em silêncio”, afimou o delegado.
Relembre o caso
De acordo com a polícia, Franciane foi morta em setembro do ano passado. A família só denunciou o desaparecimento da vítima na 137ª Delegacia de Polícia no início de outubro, cerca de 40 dias depois do desaparecimento.
A polícia chegou a fazer uma escavação no quintal da casa da vítima e encontrou um pano com marcas de sangue e mau cheiro, além de um fio de aplique de cabelo há 1,20 m de profundidade. O material foi encaminhado para a perícia.
Quando Franciane estava desaparecida, o companheiro dela chegou a ser ouvido e teve o carro examinado pela perícia. A polícia diz que a ação foi o que motivou o suspeito a desenterrar o corpo do quintal de casa e levar para outro local.
Ainda segundo a polícia, o corpo dela foi desenterrado de área cimentada no quintal de casa, cortado em partes e distribuído em cinco sacolas para ser escondido na zona rural de Palma (MG), que faz divisa com Miracema.
Ajuda para carregar partes do corpo
De acordo com a Polícia Civil, um homem com transtorno mental foi enganado e carregou pelo menos uma sacola com partes do corpo da vítima pensando se tratar de um cachorro morto.
Em depoimento, o homem disse à polícia que carregou a sacola a pedido de Gutemberg Xavier Alves.
Imagens mostram o momento em que o rapaz sai da casa dela com uma sacola azul nas mãos acompanhado de Gutemberg. Logo depois, ambos entram em uma garagem.
Por | G1