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Coronavírus e doenças respiratórias no inverno brasileiro

No momento em que o Brasil contabiliza mais de 43 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus, a chegada do inverno no hemisfério sul pode agravar a crise sanitária no país. Embora os estudos sobre as condições climáticas e a Covid-19 ainda não sejam conclusivos, a coordenadora do curso de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e médica infectologista, Dra. Ana Verônica Mascarenhas Batista, destaca que nesta época do ano, cresce o número de casos de problemas respiratórios e, em tais condições, a propagação do coronavírus pode ocorrer ainda mais facilmente.

“A curva da Covid-19 continua ascendente e o Brasil ainda não atingiu o pico de contaminação. Como se trata de uma doença de propagação rápida, a preocupação dos médicos de todo o país é que as pessoas que já têm predisposição a problemas respiratórios estejam ainda mais suscetíveis a se contaminar e, consequentemente, a contaminar outras”, salienta a Dra. Ana Verônica.

A médica explica que o ar seco que predomina nessa época do ano deixa as mucosas nasais mais sensíveis e, em ambientes fechados, o risco de contaminação aumenta. A baixa umidade do ar também provoca maior concentração de poluentes, o que acarreta mais doenças respiratórias.

A perspectiva da Organização Mundial de Saúde é que o pico do coronavírus no Brasil pode coincidir com esse período em que a população está mais propensa a gripes, resfriados, alergias e pneumonias. “Neste cenário, teremos mais hospitais sobrecarregados, com falta de leitos em UTIs, o que já é uma realidade em diversos estados brasileiros”.

Considerando tudo o que já sabemos sobre a Covid-19, a especialista orienta que as pessoas se protejam para minimizar os riscos de contágio, tanto do coronavírus quanto de outras doenças respiratórias. O isolamento social tem se mostrado eficaz na redução do contágio, funcionando com uma contenção, ainda que temporária, das unidades de saúde.

“Mais do que nunca, é o momento de manter os ambientes limpos e umidificados, evitar aglomerações e locais fechados e beber bastante água”. A infectologista recomenda ainda a alimentação saudável e a prática de exercícios regularmente, pois esses hábitos ajudam a aumentar a imunização do organismo, essencial para resistir às investidas do vírus.

Além disso, medidas como lavar as mãos com água e sabão com maior frequência, além de higienizar tudo o que chega da rua com água e sabão ou álcool em gel também são recomendações essenciais. Ainda que pareça excessivo e que seja cansativo, não convém descuidar. O cuidado neste momento tem sido decisivo.

Pessoas que tiveram sintomas como febre, tosse, coceira no nariz e na garganta, espirros e perda de olfato e paladar devem buscar os canais de teleatendimento e de monitoramento do Ministério da Saúde e do Governo do Estado. Essa primeira consulta vai definir se é o caso de ir até o ambiente hospitalar ou não. A Dra. Ana Verônica recomenda que, a menos que se trate de uma emergência, este primeiro contato, não seja presencial, justamente por segurança. Ficar em casa ainda é o mais indicado.

Fonte:
Ana Verônica Mascarenhas
* Ana Verônica Mascarenhas Batista CRM 8645 é médica infectologista e coordenadora do curso de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Maia Comunicação

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