InícioEditorialJucuruçu: TCM pune prefeito por manter mais de R$ 2 milhões na...

Jucuruçu: TCM pune prefeito por manter mais de R$ 2 milhões na tesouraria da Prefeitura

Na tarde da última quinta-feira (13), o Tribunalde Contas dos Municípios julgou procedente o termo deocorrência lavrado contra o prefeito de Jucuruçu, Manoel do Carmo Loyola da Paixão, em razão da manutenção, ao longo do exercício de 2011, deelevado saldo em caixa sob a guarda da Tesouraria Municipal, no montante de R$ 2.948.673,53 e a injustificada saída departe deste numerário sem qualquer comprovação de despesa.

A relatoria, ciente das graves irregularidades cometidas pelo gestor, solicitou a formulaçãode representação ao Ministério Público, determinou a devolução aos cofres municipais da elevada quantia de R$ 2.050.219,33, com recursos pessoais do denunciado, além deaplicar multa máxima de R$ 36.069,00.

O termo, lavrado pela 26ª Inspetoria Regional de Controle Externo, constatou que a Administração Municipal manteve, em desrespeito a legislação, elevado saldo em caixa, na ordem de R$ 2.948.673,53, sob a guarda da Tesouraria, na sede da Prefeitura. Além disso, em dezembro de 2011 foi efetuada saída de caixa no montante de R$ 2.948.673,53, dos quais, não foram prestadas contas de R$ 2.050.219,33, o que significa saída derecursos do caixa sem correspondente comprovação de despesa. O gestor, por fim, contabilizou este mesmo montante de R$ 2.050.219,33 como “Responsabilidade deTesouraria”.

A relatoriadestacou que aDespesa Orçamentária Total realizada pela Prefeitura deJucuruçu, no exercício de 2011, foi de R$ 12.909.068,98, o que em média representa umaDespesa Orçamentária mensal de R$ 1.075.756,00,portanto, não assiste lógica nem tampouco razão a inscrição de R$ 2.050.219,33 em Responsabilidade de Tesouraria, visto que este valor representa a execução orçamentáriade 2 meses.
A situação descrita no processo não passa apenas pelo simples fato de se manter recursos elevados em caixa, a questão muito mais grave na medida em que há fortes indícios de tratar de caixa fictício ao longo de todo o exercício. Em janeiro/11 o saldo decaixa era de R$ 754.980,93; fevereiro, R$ 640.119,00; março, R$ 678.273,67; abril, R$ 740.571,03; maio, R$ 927.827,62; junho, R$ 883.323,25; julho, R$ 1.004.943,52; agosto, R$ 1.212.535,71; setembro, R$ 1.634.484,59; outubro, R$ 1.919.967,07 e novembro, R$ 2.394.689,22.

Ocorre que no mês de dezembro, a disponibilidade de caixa da tesouraria que no mês anterior (novembro) se apresentava no estratosférico montante de R$ 2.394.689,22 simplesmente foi baixado na sua inteireza, sem a apresentação da documentação dedespesa correspondente ao expressivo montante de R$ 2.050.219,33, pois neste mês foi efetuada saída de caixa no valor de R$ 2.948.675,53 e, em contrapartida, apresentado processos de pagamentos na quantia de R$ 898.454,20.
O valor foi considerado fictício pala relatoria, tanto é assim que nas demonstrações contábeis no encerramento do exercício, sem qualquer justificativa satisfatória, esses recursos foram transferidos da conta caixa da tesouraria para a de “Responsabilidade deTesouraria”, numa clara confissão da parte do gestor de que os recursos em tela foramdespendidos sem o regular processamento da despesa, atropelando da forma injustificável e, até mesmo temerária, as fases da despesa pública de que tratam os arts. 60 e seguintes da Lei nº 4.320/64.

Em seu amplo direito de defesa, o gestor limitou-se a informar que o alto valor ficou custodiado no prédio da Prefeitura, devido ao Município não possuir agência bancária, sendo contestado pela Inspetoria, que informou há existência de agência dos Correios e a Agência Lotérica naquela municipalidade, por meio dos quais opera, respectivamente, o Banco Postal/Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Fonte / Portal do Extremo Sul

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Últimas notícias

José Luiz Datena tem alta após nova cirurgia e volta à Band

Após ficar internado na UTI por conta de um sangramento na região do...

Ministério Público do Rio Grande do Sul vai investigar cidades que decretaram calamidade pública

O Ministério Público do Rio Grande do Sul iniciará uma investigação sobre a declaração...

O ensino do dever de casa e os desafios e soluções para uma aprendizagem colaborativa

As tarefas escolares, ferramentas valiosas para o processo de ensinoaprendizagem, podem se tornar um...

Pimenta posta vídeo com sua versão de cobrança de prefeito gaúcho

Imagens publicadas pelo ministro mostram conversa com Fabiano Feltrin (PP), que reclama da ajuda...

Mais para você