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Municípios poderão sanear dívida trabalhista de R$ 180 milhões na Semana da Conciliação e da Execução do TRT5-BA

O mutirão integra duas iniciativas nacionais que este ano ocorrerão simultaneamente: a 15ª Semana da Conciliação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a 10ª Semana Nacional da Efetividade da Execução Trabalhista, promovida pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). Segundo a presidente do TRT5-BA, desembargadora Dalila Andrade, a grande ferramenta do Tribunal para estimular a negociação são os seus Centros de Conciliação – Cejuscs, onde servidores farão a mediação entre empregadores e trabalhadores, sob a supervisão de juízes. Além disso, o fato de todas as audiências ocorrerem na modalidade virtual facilita o acesso de pessoas de todo o estado.

De acordo com a juíza Karine Andrade Britto Oliveira, supervisora do Cejusc de 2º Grau (Cejusc2/JC2) do TRT5-BA, é preocupante a situação de grande parte dos municípios baianos no que diz respeito a precatórios trabalhistas. “A questão não é somente o valor da dívida, mas a capacidade de alguns pequenos municípios que não conseguem manter uma escala de pagamento regular que venha a quitar os precatórios dentro do prazo constitucional. Em muitos casos, se os credores apresentarem o pedido de sequestro dos seus processos, alguns municípios poderão ter bloqueios de até R$ 1 milhão, o que inviabilizaria a gestão”, disse a magistrada.

A supervisora do Cejusc2/JC2 acrescenta que a unidade fez um levantamento dos precatórios vencidos e chamou representantes das prefeituras e credores para conversar na próxima semana. “É possível, dentro das normas vigentes, evitar sequestros por bloqueios inesperados nas contas, programando um parcelamento da dívida que seja viável para a gestão municipal, e para a quitação dos créditos dos trabalhadores em tempo razoável”, afirmou.

Ainda segundo a juíza Karine Andrade, a conciliação nos precatórios exige uma mudança cultural, que já começou a ocorrer desde a entrada em vigência, em janeiro passado, da Resolução 303/2019 do CNJ, disciplinando a gestão do assunto no Poder Judiciário. “Essa resolução estimulou os municípios a nos procurarem para conversar, e acreditamos que esta Semana da Conciliação e da Execução é uma oportunidade para reforçar as vantagens da opção negociada, tanto para os administradores públicos atuais e as novas equipes que vão assumir as gestões municipais, quanto para profissionais da advocacia e credores do erário”, registra a juíza.

CEJUSC1 – No Cejusc de 1º Grau (Cjeusc1) do TRT5-BA está programada a realização de 162 audiências ao longo da próxima semana, geralmente envolvendo processos individuais. Este ano, um dos diferenciais será o uso de recursos disponíveis em processos arquivados para conciliações contra o mesmo devedor. Segundo a juíza auxiliar da Presidência, Andréa Presas, essa estratégia utiliza a base de dados do Projeto Garimpo, que mapeia a existência de créditos remanescentes em contas judiciais de ações já arquivadas. “A proposta é buscar recursos financeiros das empresas dentro do próprio Poder Judiciário. Já identificamos os devedores com saldos de contas judiciais e o próximo passo agora é incluir os processos dessas empresas nas pautas de audiências, que serão feitas pelos Cejuscs”, explicou a magistrada.

Secom TRT5

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