Os cafés especiais da Cooperativa de Cafés Especiais e Agropecuária de Piatã (Coopiatã) já são referência internacional. A cooperativa está classificada novamente no Cup Of Excellence Brazil, por meio de sete cafeicultores cooperados. E agora conta com os investimentos de R$ 2,8 milhões do projeto Bahia Produtiva, para beneficiamento, manejo, criação de microusina e aquisição de máquinas para o cultivo do café
A premiação de 2021 está em fase internacional, que consiste na avaliação das 40 experiências classificadas. Aquelas que conseguirem nota acima de 87 serão anunciadas em cerimônia no dia 18 de novembro, com leilão internacional marcado para o dia 20 de dezembro. Nesses pregões internacionais, feitos via internet, os preços vão muito além do mercado convencional, garantindo entregas muito acima do valor de mercado.
Para o presidente da Coopiatã, Rodolfo Moreno, a escolha dos cafés aumenta a visibilidade da produção realizada no município de Piatã: “É um orgulho muito grande para nós. Essa participação chama a atenção porque faz com que empresas internacionais olhem para o nosso café, expandindo as nossas exportações. Isso mostra que o nosso café está no hall dos melhores do Brasil e isso é muito importante, prova que nosso café é maravilhoso, tem uma qualidade sensacional e é muito bem-produzido por nossos agricultores”.
Anualmente, a Coopiatã produz de quatro a cinco mil sacas de café, contribuindo para uma renda média mensal de R$ 2.500,00 por cooperado ou cooperada. Hoje, a saca de 60kg do café arábica convencional está no valor de R$ 900 e o preço de um especial comercializado no mercado é de R$ 1.750.
Com a presença em concursos nacionais e internacionais como esse da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Alliance for Coffee Excellence (ACE), a saca classificada nesse tipo de seletiva pode alcançar mais de R$ 50 mil.
Cafeicultores satisfeitos
Primeira vez entre os mais bem-avaliados, em um universo de mais de 800 amostras, o cafeicultor Amarildo Corsi é só alegria e expectativa quanto ao anúncio: “Já estou bastante feliz em estar entre os 40 melhores, mas espero chegar no TOP 5. A assistência técnica e jurídica do Bahia Produtiva melhorou todas as fases do meu processo”.
É bom destacar que, além dos sete da fase final do concurso, outros cinco cafeicultores foram bem avaliados pela BSCA. As suas produções de café já estão na plataforma Marketplace MCultivo, com lotes no valor de US$ 4,20/ libra peso.
Evolução não para
A gerente comercial da Coopiatã, Laiz Cardoso, destaca a importância dos investimentos do governo estadual para as 113 famílias beneficiadas com a construção da microusina, prevista para iniciar as operações na safra de Maio-Junho de 2022: “Com a microusina, vamos acelerar processos que hoje são feitos manualmente. O café, depois de colhido, precisa passar por peneiras, e essa catação hoje é feita no braço. Com o maquinário, esse processo de dez dias será feito em um dia. Essa agilidade também vai impactar na entrega de vendas grandes, que hoje demora 30 dias, e vai passar a ser de 10 a 15 dias”.
O Bahia Produtiva é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio de empréstimo do Banco Mundial.
Assessoria de Comunicação SDR/CAR