Parece que mesmo após denúncias de festas proibidas, abusos, assédios, inúmeros processos judiciais e uma consequentemente venda para outra empresa (Microsoft), a Activision Blizzard continua a se envolver em polêmicas, e a novidade da vez acabou de acontecer há poucos dias.
Como sabemos, foi nesta semana que se realizou a Game Developers Conference (GDC) 2022, local onde milhares de artistas, programadores, produtores e designers de jogos se juntam para compartilhar conhecimentos entre si e divulgar planos tecnológicos e artísticos para a indústria de videogames.
Uma das empresas convidadas do evento foi a Activision Blizzard, que inesperadamente, quis patrocinar uma “festa” após o fim da GDC 2022, cujo foi feita sob a Woman in Gaming International (WiGI) e patrocinado pela editora de Call of Duty.
O que era para ser apenas uma festa acabou se tornando um pesadelo, pois de acordo com muitas mulheres e outros desenvolvedores, a Activision Blizzard trouxe várias pessoas que não eram do ramo de gaming para fazer parte dessa “after party”, onde bebidas e outros materiais lícitos e ilícitos também marcaram presença.
Um participante masculino da indústria de jogos descreveu o evento como um “campo de caça”, e outro diz que alguns dos homens presentes que a Activision Blizzard colocou na festa eram “predatórios”. Beth Beinke falou sobre a GDC 2022 e a festa pela WiGI depois após a quinta-feira. Ela diz que “havia vários homens impróprios lá”, um dos quais ela teve que pedir para parar de tocá-la.
Jessica Gonzalez, que costumava trabalhar na Activision Blizzard, também falou sobre o evento nas respostas. “Foi CHOCANTE que eles ainda permitiram algo assim”, escreve Gonzalez.
Nas primeiras horas da manhã de hoje, Javiera Corder compartilhou que “várias mulheres foram agredidas” na festa. Ela pediu a WiGI que respondesse às reclamações, dizendo: “É razoável exigir responsabilidade da Woman in Gaming International sobre isso, por que esse evento foi autorizado a ocorrer como se nosso trabalho fosse uma grande boate.”