Um novo capítulo surgiu na novela que envolve a doação de fígado ao ex-jogador Éric Abidal. Há 10 anos, em 2012, o ídolo do Barcelona passou por um transplante, após ser detectado um tumor no órgão. A intervenção foi necessária para que ele ficasse vivo – mas, desde então, a legalidade do caso vem sendo posta em xeque.
Na época, um suposto primo de Abidal, Gerard Armand, apareceu e se ofereceu para doar o fígado. Mas, cinco anos depois, a polícia detectou uma série de irregularidades no processo de transplante, e decidiu abrir uma investigação.
Segundo o jornal espanhol El Confidencial, um novo exame comprovou que não há parentesco entre os homens. De acordo com o veículo, o Instituto Nacional de Toxicologia da Espanha não encontrou qualquer prova biológica que garanta que Abidal e Armand sejam da mesma família.
O processo se enquadra na investigação por tráfico de órgãos que envolve, entre outras pessoas, Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, e Juan José Castillo, ex-diretor do clube.
Vale lembrar que Rosell e Castillo teriam admitido “comprar um fígado ilegal” para Abidal, e “inventar” que o doador era o próprio familiar para evitar um escândalo. As confissões foram interceptadas pela polícia em ligações telefônicas.
Após a divulgação das escutas, Abidal e Armand admitiram que, na realidade, não eram primos de primeiro grau, mas apenas tinham uma avó em comum.
Mas, segundo o El Confidencial, em condições normais, a análise de DNA é capaz de encontrar correspondências mesmo entre primos de terceiro e quarto grau. Só que, depois de analisar amostras biológicas de ambos, o Instituto Nacional de Toxicologia não encontrou essas ligações e, com isso, não pode provar que os dois sejam da mesma família.