Jacques Perrin, ator e cineasta, morreu na quinta-feira, 21, aos 80 anos de idade. Com vasta carreira, o francês era lembrado principalmente por seus trabalhos em Cinema Paradiso (1988) e A Voz do Coração (2004).
“A família tem o imenso pesar de informá-los da morte do cineasta Jacques Perrin, que morreu na quinta-feira, 21 de abril, em Paris. Ele se foi pacificamente”, informou um comunicado de sua família à AFP.
Sua estreia – não creditada – nos cinemas se deu ainda muito jovem, com apenas cinco anos, no filme Portas da Noite (1946). Esteve também em obras como Duas Garotas Românticas (1967), Pele de Asno (1970), Le Crabe-Tambour (1977) e L’Honneur d’Un Capitaine (1982).
No vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro Z (1969), de Costa-Gavras (com quem trabalhou diversas vezes, assim como Jean-Jacques Annaud), além de atuar, também foi produtor do longa, que teve sua exibição proibida no Brasil por quase 12 anos por conta das críticas que fazia a ditaduras.
Produziu também filmes que retratavam o continente africano como o documentário La Guerre d’Algérie (1975) e Preto e Branco em Cores (1976).
O grande destaque, porém, foi em Cinema Paradiso, que narra a história da amizade entre Salvatore, um garotinho fascinado pelo cinema, e o projecionista da pequena cidade onde mora, Alfredo. Perrin dava vida ao garoto em idade adulta na trama.
Já A Voz do Coração, que fez sucesso especialmente na Europa, relatava a história de um maestro consagrado que relembrava, por meio de flashbacks, sua infância em um reformatório na década de 1940.