O Índice de Confiança do Consumidor medido pela Fundação Getúlio Vargas avançou 3,8 pontos em abril, chegando a 78,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, a variação também foi positiva em 1,5 ponto. Para os especialistas da FGV, os dois resultados positivos parecem estar relacionados ao fim do surto da variante Ômicron.
Também contribuíram os anúncios recentes feitos pelo governo, como a liberação de novos saques do FGTS, a antecipação de 13º dos aposentados e facilitação de acesso ao crédito. Apesar disso, as famílias brasileiras seguem preocupadas com a inflação e os juros elevados, o que leva a uma maior cautela diante das compras de alto valor.
Por outro lado, houve diminuição do pessimismo com relação ao mercado de trabalho. Em abril, a alta do Índice foi influenciada tanto pela melhora das avaliações sobre a momento presente quanto das perspectivas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual subiu 3,8 pontos e o Índice de Expectativas avançou 3,6 pontos. Nas avaliações sobre o momento, o destaque foi a melhora em 5,5 pontos das avaliações dos consumidores com relação à situação financeira das famílias.
Já no lado das expectativas, chama a atenção o indicador que capta as percepções sobre a situação econômica geral nos próximos meses, que variou 8,3 pontos e foi o sub-índice que mais influenciou a alta da confiança no mês.
O otimismo cresceu em todas as faixas de renda exceto para as famílias que ganham entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00. A alta mais forte ocorreu entre consumidores com poder aquisitivo mais baixo, de até R$ 2.100,00 mensais, chegando a 76,2 pontos, o maior valor desde março de 2020.
Economia Rio de Janeiro 25/04/2022 – 13:38 Tâmara Freire – Repórter da Rádio Nacional Índice de Preços consumidor Inflação FGV segunda-feira, 25 Abril, 2022 – 13:38 1:56