O Consulado da Argentina pagou uma fiança de R$ 3 mil nesta quarta-feira para a liberação do torcedor do Boca Juniors detido pela Polícia Militar após ter imitado macacos a dois torcedores do Corinthians, na vitória do clube brasileiro por 2 a 0, na última terça-feira, na Neo Química Arena.
Segundo o delegado Mauricio Freire, da Divisão de Operações Especiais do DOPE, o homem, chamado Leonardo Ponzo, foi levado para o Juizado do Torcedor e, depois, para o 24º Departamento de Polícia, onde teve o valor pago e foi liberado para retornar ao seu país.
Vale lembrar que o ato foi classificado como crime de injúria racial (artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal), que pode dar de um a três anos de detenção. A informação foi primeiramente dada pelo ge e confirmada pela reportagem.
Agora, ele vai responder pelo crime direto da Argentina. No momento oportuno, ele será acionado por meio de uma carta rogatória (entre países diferentes) e será ouvido. Nesta tarde, ele apareceu em uma foto ao lado de outro torcedor. Na legenda, estava escrito “aqui nada aconteceu”, ao lado de um emoji de macaco, configurando também um crime de injúria racial.
Ponzo foi visto por policiais presentes na Arena imitando macacos. Um vídeo mostra o exato momento do crime. Assim que foi identificado, o torcedor foi levado, durante o intervalo da partida, para o Posto de Comando da PM do estádio. Posteriormente, ele foi conduzido para o Departamento De Operações Estratégicas da Polícia Civil.
Ele estava presente no local destinado à torcida do Boca Juniors. 2,5 mil ingressos foram disponibilizados, mas alguns lugares estavam vazios. A equipe xeneize foi derrotada por 2 a 0 pelo Timão, que agora tornou-se líder do grupo E da Libertadores, com seis pontos.
O Corinthians emitiu uma nota repudiando o ato, enquanto o Boca Juniors comentou na postagem: “O Clube Atlético Boca Juniors expressa seu absoluto repúdio aos gestos racistas e xenofóbicos de um torcedor a simpatizantes do Corinthians. Na próxima reunião da Comissão Diretiva, serão analisadas as medidas a serem implementadas e possíveis sanções”.