A Polícia Militar de Pernambuco informou nesta sexta-feira (29) que a proibição do rádio de pilha nos estádios de futebol do Estado está suspensa. Em entrevista à Rádio Jornal, o tenente coronel Luiz Carlos Brito disse que a medida será “melhor estudada”.
“Essa medida restritiva com relação ao rádio foi suspensa, ela será melhor estudada. Pode avisar aos ouvintes e à sociedade em geral que a nossa corporação vai avaliar melhor e tratar disso com o Grupo de Trabalho de Futebol”, declarou, ao comunicador Geraldo Freire.
Após a entrevista, a Polícia Militar divulgou uma nota oficial sobre o caso, reforçando que objetos como hastes de bandeira e instrumentos musicais continuam proibidos. Confira:
“A PMPE observa um normativo desde 2013, com a inauguração da Arena e realização da Copa das Confederações, que restringe a entrada nos estádios de objetos que possam ser utilizados como armas ou arremessados pelos torcedores em momentos de confronto. Definir exatamente quais são esses objetos fica pela interpretação da autoridade policial. Pernambuco voltou recentemente a permitir a entrada de torcedores nos estádios com a flexibilização das regras de enfrentamento da pandemia. Foram nominados alguns objetos para facilitar o trabalho de quem realiza o controle de acesso. Entre esses objetos figurou o rádio de pilha. Nós estamos suspendendo esse entendimento para reavaliação e com relação aos rádios não haverá restrições. Demais objetos como hastes de bandeira e instrumentos musicais permanecem proibidos”.
Apesar de não ser nova, a proibição por parte da Secretaria de Defesa Social (SDS) repercutiu nessa quinta-feira (28), o que pode indicar que estaria havendo um maior rigor na fiscalização.
Nas redes sociais, torcedores tinham criticado a proibição, alegando que utilizam o rádio de pilha há décadas e o veto seria absurdo.
Na quinta, a SDS informou que a medida tinha como objetivo garantir a segurança nos estádios. O protocolo existe desde a Copa das Confederações de 2013 e não conta apenas com o rádio de pilha na lista. Estão proibidos também baterias, instrumentos musicais e apitos.
Reportagem publicada originalmente no JC Online.