O presidente Jair Bolsonaro recuou e anunciou nesta terça-feira o chamamento em concurso público de 625 servidores para a Polícia Federal (PF) e outros 625 para a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
“Foi o que deu para fazer com o PLN 1. Agora, os demais, vai ter outra oportunidade, talvez esse ano ainda, acabando as eleições”, declarou a apoiadores. O chefe do Executivo, na frente de apoiadores, ligou para o ministro da Justiça e pediu para ele acertar com o Ministério da Economia a convocação de mil servidores para cada corporação.
Aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada, o PLN 1 acrescentou mais R$ 2,6 bilhões ao Orçamento da União. Cerca de R$ 1,7 bilhão foi destinado a despesas com pessoal, enquanto o Plano Safra recebeu em torno de R$ 868 milhões.
Ainda assim, já se trata de um aumento do efetivo, porque originalmente o Executivo contrataria 500 vagas para cada corporação. O aceno vem em meio a uma crise do governo com os policiais, após Bolsonaro deixar de lado uma promessa de reestruturação e se comprometer apenas com reajuste de 5% para todo o funcionalismo público, o que não atende às demandas da classe, consideradas integrantes da base eleitoral de Bolsonaro. PF e PRF têm organizado manifestações em todo o País para pressionar o presidente a entregar a revisão nas carreiras, mas ainda não obtiveram sucesso.
Como mostrou o Broadcast Político, a declaração de Bolsonaro, sobre os mil novos servidores, foi vista como “inócua” pela Polícia Rodoviária Federal para acalmar os ânimos.