Uma entrevista de Jorge Jesus, ex-técnico do Flamengo, vem causando polêmica. O treinador assumiu que gostaria de voltar ao clube, e ainda deu um ultimato: o rubro-negro teria até o dia 20 para fazer uma proposta. Vale lembrar, porém, que o time carioca está sob o comando do também português Paulo Sousa.
O ex-jogador Vampeta deu a sua opinião sobre o tema. Durante o programa Bate-Pronto, da Rádio Jovem Pan, o comentarista chamou o português de 67 anos de traíra. Por outro lado, disse que, se fosse a diretoria do Flamengo, contrataria o técnico novamente.
“Se eu sou o Flamengo, eu digo: ‘Paulo Sousa, quanto custa tudo? Quanto é a sua rescisão?’. Já que ia comprar o Andreas Pereira por R$ 40 milhões… ou se livra logo desse Jesus, que é um traíra”, disparou Vampeta. “É uma put* de uma sacanagem”.
Jorge Jesus chegou ao Flamengo em junho de 2019 e, em um ano, conquistou seis títulos. Entre eles, a taça da Libertadores e do Campeonato Brasileiro. Mas, julho de 2020, deixou o rubro-negro para assumir o Benfica, de Portugal.
“Pega esse dinheiro [R$ 40 milhões] e dá para o Paulo Sousa. E daí vai ver se continua essa hegemonia [com Jesus] ou se acaba logo. Se a presença dele reverte em título, esse dinheiro é recuperável”, completou Vampeta.
Desde a semana passada, Jesus está de volta ao Brasil, onde passa férias. E, em entrevista ao colunista Renato Maurício Prado, do UOL, confirmou que quer voltar a ser técnico do clube. “Quero voltar, sim. Mas não depende só de mim. Posso esperar até pelo menos o dia 20. Depois disso, tenho de decidir a minha vida profissional”, revelou.
A declaração do técnico português repercutiu nas redes sociais, e Jesus foi criticado por supostamente ter sido antiético com seu compatriota Paulo Sousa. Empresário do atual treinador do Flamengo, Hugo Cajuda classificou o episódio de “vergonhoso”.
“Sem surpresa assistimos a mais um momento deplorável, de alguém que só estando perturbado e desesperado pode revelar tamanha falta de ética, falta de respeito e falta de profissionalismo. Apesar do seu largo histórico, a referida pessoa consegue subir muitos patamares em mais um episódio vergonhoso”, iniciou Cajuda.
“Esta é a continuidade do ‘eu’ sempre a sobrepor-se ao ‘nós’, do uso da pandemia, um tema tão grave, para justificar desastres, como o que aconteceu no Benfica, ou como justificativa para abandonar o Flamengo poucos dias após renovar e num momento delicado para o clube”, seguiu.
Cajuda também chamou a ação de Jorge Jesus com um compatriota como um ataque “à classe dos treinadores, à ética e à dignidade”, e relatou ter sido procurado por outros profissionais que se solidarizam com Paulo Sousa.