Os trabalhadores em educação de Feira de Santana se reuniram, nesta segunda-feira (9), na Secretaria de Educação do Município (Seduc) para reivindicar o pagamento de 20% de gratificação dos profissionais que atuam nos distritos, dos salários de abril que eles alegam que não foram pagos pela prefeitura e também por melhores condições nas escolas municipais.
Na Seduc, a diretoria da Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB) de Feira de Santana entrou em contato com a secretária de Educação, Anaci Paim, que informou que estava resolvendo as pendências de pagamento na Secretaria de Administração. Logo em seguida a categoria decidiu ir ao local, mas a titular da pasta não se encontrava.
A APLB afirmou que os trabalhadores em educação da rede municipal estão sendo massacrados pelo prefeito do município que, segundo eles, descumpre a decisão judicial do mandado de segurança que torna ilegal o parcelamento de salário dos professores e determina o pagamento integral dos 20% de gratificação dos professores que residem na cidade e atuam nos distritos.
“Grande parte da categoria é constituída por mulheres e mães, uma categoria que está adoentada, endividada, com a saúde mental e física abalada, ainda assim o prefeito tem se mostrado intransigente, pagando salário parcelado”, disse a presidente da APLB Feira, Marlede Oliveira.
A Prefeitura informou que investe cerca de R$ 300 milhões por ano no setor de educação, valor que, segundo eles, supera diversos municípios brasileiros, conforme avaliação do secretário da Fazenda, Expedito Eloy. Eles alegam ainda que o governo de Feira também é um dos poucos que já garantiu o pagamento do novo piso nacional para a categoria.
De acordo com a Prefeitura, esse investimento significa quase R$ 25 milhões por mês. “O pagamento dos salários é feito em dia. Ainda desse montante são investidos cerca de R$ 21 milhões em remunerações, representando aproximadamente 40% da folha de pagamentos dos funcionários da prefeitura”, diz o comunicado.
A Prefeitura destacou que também é feito o repasse para a APLB: “Em 2020, o sindicato recebeu uma média de R$ 108.041,70 por mês, totalizando R$ 1.296.500,40 por mês. Em 2021, a média mensal subiu para R$ 114.187,46, resultando, ao final do ano, num total de R$ 1.370.249,52”.