Pré-candidato da União Brasil ao governo baiano, o ex-prefeito ACM Neto falou pela primeira vez sobre a ação movida pelo partido no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a manobra que abriu brecha para a reeleição antecipada do presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), em movimento ligado à sua candidatura a vice-governador na chapa do petista Jerônimo Rodrigues.
“A União Brasil entrou com a ação por entender que as medidas tomadas aqui foram inconstitucionais. Agora temos que aguardar a posição do Supremo. Como sempre, decisão judicial a gente tem que respeitar. Não me cabe aqui tecer comentários sobre o que a Justiça deve ou não fazer. A ação foi proposta pelo partido por plena convicção de estar ao lado do bom direito, das leis, das melhores normas para a cidade”, disse Neto nesta terça-feira (24), nos bastidores do encontro com o agronegócio em Salvador.
A cruzada judicial da União Brasil tem origem na sucessão de articulações feitas fora dos holofotes para mudar o regimento da Câmara e que resultou na convocação antecipada da eleição para Mesa Diretora da Casa, prevista para ocorrer apenas em 2023. Ao mesmo tempo, a manobra empregada por Geraldo Júnior permitiu, ao arrepio do entendimento do Supremo, que ele foi reeleito pela segunda vez em uma mesma legislatura.