Rodrigo Mussi, ex-participante do “BBB 22”, fez sua primeira aparição pública após sofrer um grave acidente de carro no final de março e, além de detalhar como foi esse conturbado período, ele expôs as dificuldades que enfrentou no passado. O ex-BBB perdeu 26 kg no hospital e, mesmo já estando em casa, ainda segue uma rotina com sessões diárias de fisioterapia e exercícios para recuperar a voz. “É um privilégio estar aqui. Acho que ninguém que estava perto ali do acidente esperava eu estar aqui depois de quase dois meses”, declarou o administrador em entrevista ao “Fantástico”. O acidente aconteceu semanas depois de Rodrigo deixar a casa mais vigiada do Brasil, período em que os ex-BBB’s ficam mais visados para fechar contratos. Ao ter noção do que tinha acontecido, o administrador sentiu uma frustração: “A pergunta que eu fazia muito para mim mesmo: até quando eu vou lutar? Porque acho que a vida toda foi uma luta. Tive lutas drásticas, muito fortes. E aí eu perguntava: mas de novo? Agora que eu consegui, talvez, algo que poderia mudar minha vida financeira. De novo? Até quando eu vou lutar?”.
A trajetória de Rodrigo foi marcada por vários obstáculos e uma das coisas que mais chamou a atenção do público quando ele entrou no “BBB 22” foi a declaração de que teve pais tóxicos. Após o acidente, ele contou como foi sua infância e relatou que sofreu abuso sexual. “Nasci em um lar bem difícil, de pais que se agrediam na minha frente. Chegavam bêbados. Minha mãe ia trabalhar e deixava eu com uma mulher que abusava de mim, na época”, relatou. O assédio começou quando Rodrigo tinha por volta de cinco anos e durou por quase três anos. “Tenho algumas lembranças desse abuso. Umas das poucas coisas que eu tenho da infância. Não sei como que a gente cresceu. Isso daí foi muito difícil.”
Quando os pais se separaram, o ex-BBB foi morar com a mãe, mas aos 11 anos ela o deixou. “Depois eu fui morar com meu pai. E aos 17 anos, meu pai sempre um cara que era bem difícil, ele me xingava bastante desde a adolescência. Me expulsou com 17”, disse. O administrador chegou a se reaproximar do pai quando tinha 25 anos, mas justamente nesse período o pai dele sofreu um acidente e morreu. Rodrigo presenciou a partida do pai. “Peguei o carro dele batido na mureta. Eu segurei ele no colo. Ele tremia muito. E aí os bombeiros me tiraram e ele parou de respirar no meu colo”, finalizou.