A policial civil aposentada Rosemeire de Almeida Mourão mora em Brasília com o marido e o filho. Nos últimos dois anos, a família dela precisou trocar de plano de saúde duas vezes, para que as mensalidades coubessem no orçamento doméstico. Rosemeire disse, no entanto, que a migração para planos mais baratos resultou em uma cobertura de saúde menos abrangente.
Rosemeire está entre os 47% da população brasileira que precisou ajustar o orçamento em 2021 para não perder o plano de saúde. O índice está em uma pesquisa que foi divulgada pela Anab, a Associação Nacional das Administradoras de Benefícios. O levantamento também apontou que 83% dos brasileiros têm medo de perder o plano de saúde.
O presidente da Anab, Alessandro Acayaba de Toledo explica que em parte, a necessidade de ajuste do orçamento para conseguir pagar o plano pode ser explicada pelos aumentos no preço desses serviços. Neste ano, a ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar, autorizou que as operadoras reajustassem em até 15,5% os planos oferecidos à população.
Para o presidente da Anab, a troca para planos mais baratos e que caibam no orçamento é a melhor medida para quem não quer perder a cobertura de saúde. Nesse caso, é possível solicitar a portabilidade do plano, para não precisar cumprir os períodos de carência.
Em nota, a ANS ressaltou que os reajustes nos planos de saúde foram impactados pela inflação, que elevou os custos de materiais e insumos médicos. A agência ressaltou que o cálculo de reajuste é o mesmo desde 2019 — e foi utilizado também no ano passado, quando houve uma redução de mais de 8% nas mensalidades dos consumidores.
Economia Brasília 07/06/2022 – 21:13 Jacson Segundo / Beatriz Arcoverde Daniel Ito – Repórter da Rádio Nacional Planos de Saúde terça-feira, 7 Junho, 2022 – 21:13 3:01