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‘O amor entre duas mulheres é transformador para o mundo’, diz Luana Assiz

Luana Assiz não hesita ao cravar: o amor entre duas mulheres é transformador tanto para quem vive quanto para o mundo a seu redor. Sendo o amor de duas mulheres negras, então, nem se fala. A jornalista, que você certamente já viu na TV ou nas ruas da cidade, também é escritora, compositora e cantora. Neste Dia dos Namorados, ela lança mais uma música: Diz que Sim, um pagotrap que versa sobre o amor a duas e reconciliação. A música está disponível em todas as plataformas de streaming, incluindo Spotify, Deezer, Youtube e Apple Music.

A escolha da data de lançamento não foi à toa. Ora, tem tudo a ver, não é mesmo? Hoje é dia de dengo até para quem está solteiro, afinal de contas. Luana, inclusive, garante que a música também é feita para curtir sem o crush.

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Pagodeira convicta, ela escreveu a letra do novo lançamento há dois anos após uma discussão com Luciana, advogada com quem vive união estável há dois anos. Elas estão juntas há três anos e meio – Luana garante que a música não foi um golpe para reatar depois da treta. Vamos acreditar: “A música veio de uma situação cotidiana. Não foi um golpe de fazer a música para a gente se reconciliar. Foi bem natural mesmo, senti a energia da composição e fiz. Isso tem tempo, uns dois anos, salvo engano e agora que resolvi produzir”, disse, rindo.

“Ela foi a inspiração dessa música. A gente continua junta, ainda com tretas, beijos e carinhos como todo casal. Mas temos muita harmonia, parceria, companheirismo. Eu acho isso muito bonito. O amor entre duas mulheres é algo transformador para quem vive e para o mundo ao redor também. É uma relação que tem intensidade, que tem beleza, que tem sensibilidade, que tem conversa de fato”, revela a cantora.

A carreira musical de Luana Assiz sempre caminhou pelo samba e mais recentemente passou pelo Ijexá com a música e clipe e Espelho de Oxum. A ida ao pagotrap acabou sendo algo natural. O estilo explodiu com o ÀTTØØXXÁ, mas também faz a cabeça da velha guarda e nomes como Márcio Victor e Edcity também caíram na novidade. Nomes da nova geração como Nêssa e o rapper Wall Cardozo também viajam por lá.

“Eu me sinto muito multifacetada em vários aspectos de minha vida e na música também. (…) Essa música foge muito do estilo do que lancei anteriormente, mas dialoga muito com minha musicalidade. Se for investigar as origens rítmicas do samba, é a mesma célula musical”, explica.

O pagotrap tem uma vocação mais falada, mas essa não é a aposta de Luana, que faz a sua música mais cantada – colocando seu  estilo dentro do ritmo que, em ‘Diz Que Sim’, foi produzido por Bruno Zambelli. 

“No final das contas, é tudo música negra. Eu gosto de citar o maestro Letieres Leite, uma referência vivísima que falava que toda música é negra. A diáspora africana produziu cultura em todos os continentes. A música caribenha, latina, a baiana, tudo isso tem influencia africana. O blues, o rock, o jazz. No fim, é isso. Música negra”, afirma Luana.

A equipe que trabalhou na música tem peso: além de Zambelli na produção, Diz Que Sim tem arranjos de Faustino Beats e DJ Mhc, linha de baixo de Alexandre Vieira e os riffs de guitarra de Samuel Borges. A soma resultou em uma faixa melódica e dançante. Uma mistura de suavidade e explosão, em casa, no baile, na vida. Com ou sem crush.

Vem show?

Luana disse que não tem, no seu horizonte, o plano de fazer da música uma carreira prioritária entre as várias coisas que faz. Além do microfone na TV e música, ela também presta consultorias e dá palestras.

“Os planos para esse ano são continuar trabalhando com comunicação audiovisual. Estou no entretenimento há três meses e essa migração para o novo setor conflui para uma identidade mais minha. É um setor que consigo trabalhar mais com coisas que gosto de pensar, observar”, conta, antes de completar que, apesar de tudo, a música sempre acaba puxando de alguma maneira.

Por isso, uma das metas de Luana Assiz para 2022 é fazer um show e mostrar o seu repertório novo. Talvez também tire algumas composições da gaveta e, entre uma briga ou alguns beijos em Luciana, pode ser que até escreva coisa nova. Há muito a se explorar e cantar.
 

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