Denunciado pela procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Corinthians vai ser julgado na próxima quinta-feira (23) por conta de gritos homofóbicos proferidos por parte da torcida durante o clássico contra o São Paulo, no dia 22 de maio, na Neo Química Arena, e pode perder pontos no Brasileirão.
Os gritos foram relatados em súmula pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio. Wilton registrou ainda que foram arremessados objetos como moedas e um isqueiro no lateral Reinaldo, do São Paulo.
O Corinthians foi enquadrado no artigo 243 – G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata sobre “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.
A pena máxima para a infração é a perda de três pontos e multa de até R$ 100 mil. Logo após o jogo contra o São Paulo, o presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, se manifestou e reprimiu os torcedores pelos gritos homofóbicos.
“A gente é totalmente contrário a este tipo de cântico, da mesma forma que falei do racismo. A gente vem conversando com os torcedores, fazendo campanhas contra a homofobia. Hoje, todas as vezes que a torcida cantou, colocamos no telão, a locutora do estádio reprimiu, porque não achamos correto. O futebol está mudando no próprio jogo, hoje depois dos avisos a torcida mudou o canto. Temos que insistir, vocês (imprensa) são importantes nisso para que a gente acabe com qualquer tipo de discriminação. Estamos em 2022, isso não faz sentido”, disse ele na época.