A Bahia recebeu apenas um terço da doses necessárias para a demanda mensal de vacinas BCG entre maio e junho, segundo informação publicada pela Secretaria de Saúde do estado (Sesab) nesta terça-feira (5).
A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS), protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades básicas de saúde e em algumas maternidades. Essa vacina deve ser ministrada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
No entanto, segundo informou a Sesab, em maio, a Bahia recebeu 45 mil doses e mais 45 mil doses em junho, sendo que a mensal é de 150 mil doses a 200 mil doses.
Em 29 de abril o Ministério da Saúde emitiu, por ofício, a informação de que a partir de maio, e por 9 meses, iria reduzir a quantidade de doses de vacina BCG aos estados e que estes deveriam fazer uso racional das quantidades enviadas.
Segundo a pasta, a redução foi ocasionada pela disponibilidade limitada da vacina BCG no estoque nacional em razão de dificuldades na aquisição deste imunobiológico.
“Para que não haja desabastecimento nos serviços de vacinação, o consumo médio mensal da vacina BCG, calculado com base nas doses distribuídas aos estados, será readequado e passará para 500 mil doses/mês”, informou.
O Ministério declarou que já solicitou junto a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a entrega antecipada para o mês de junho de parte das doses adquiridas. “Considerando o tempo de desembaraço e análise de controle de qualidade, as doses deverão estar disponíveis em, aproximadamente, 60 dias. Diante disso, esta Secretaria destaca a necessidade dos estados de otimizarem e fazerem uso racional desta vacina por este período”, explicou a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS).