Com cartazes e camisas com a foto da vítima, familiares e amigos de Ariana Santana, baleada quando voltava para casa de moto, fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira (7), em frente ao Tribunal de Justiça, em Salvador, pedindo por justiça. Os parentes da jovem afirmam que ela foi atingida por policiais militares.
Na manifestação, os participantes pediam em coro: “Queremos justiça”. Nos cartazes foram escritas as seguintes frases: “Justiça! Um ano sem resposta” e “mais uma vítima da guarnição militar de Sussuarana”.
Foto: Paula Fróes/CORREIO |
O fato ocorreu há pouco mais de um ano, no dia 23 de junho do ano passado, em Sussuarana. Ariana foi atingida na cabeça, mas sobreviveu. Ela ficou cerca de 40 dias internada em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido a perda de massa encefálica. Após o ocorrido, a jovem passou a usar muleta para se locomover, sofre problemas psicológicos e depende da ajuda financeira de familiares.
No momento em que a vítima foi atingida, os policiais faziam uma blitz no local. A jovem foi socorrida pelos próprios militares, que a levaram ao Hospital Geral Roberto Santos (HGRS). O caso foi registrado por eles como uma queda.
Foto: Paula Fróes/CORREIO |
A reconstituição do caso ocorreu apenas em 2 de maio deste ano, pela Polícia Civil e a Corregedoria da Polícia Militar. O perito José Carlos Montenegro, que participou do procedimento, informou que os militares envolvidos se recusaram a participar da simulação, com a justificativa de que já teriam contado o que aconteceu. Não há detalhes se os PMs foram afastados das atividades.
Por meio de nota, a PM disse que o Inquérito Policial Militar (IPM), que investiga o caso, está em fase de conclusão, para posteriormente ser remetido ao Ministério Público (MP).
*Com orientação da subeditora Fernanda Varela