O Bahia ensaiou conquistar um triunfo sobre o Athletico-PR, na noite desta terça-feira (12), na Arena da Baixada, mas não aproveitou as chances que teve, levou a virada por 2×1 no segundo tempo e deu adeus ao sonho de conquistar a Copa do Brasil, eliminado nas oitavas de final.
Em uma boa atuação em Curitiba, o Esquadrão abriu o placar com apenas quatro minutos, em um golaço de Matheus Davó. A vitória parcial garantia, pelo menos, a disputa por pênaltis, já que no jogo de ida o Athletico-PR havia vencido por 2×1. Mas aos 32 minutos do segundo tempo, Erick deixou tudo igual. O golpe final veio com Rômulo, aos 48.
Fora da Copa do Brasil, o tricolor foca agora exclusivamente na Série B. No sábado (16), o Bahia enfrenta o Guarani, às 18h30, no Brinco de Ouro, em Campinas-SP, pela 18ª rodada.
NOVA ESQUEMA E MUITA PRESSÃO
Precisando vencer para não ser eliminado, Enderson Moreira inovou no esquema tático e escalou o time com três zagueiros – Gabriel Xavier ficou com a vaga do volante Miqueias. No ataque, Rodallega perdeu o posto para Matheus Davó e Raí herdou a posição de Rildo, que não pôde jogar por ter atuando pelo Grêmio na mesma competição.
De volta ao time titular, Davó mostrou que tem estrela e precisou de apenas quatro minutos para colocar o Bahia em vantagem. Na cobrança de escanteio de Mugni, Patrick ajeitou e o atacante mandou uma meia bicicleta que encobriu o goleiro Bento. Golaço.
A vitória parcial por 1×0 encaminhava a decisão para os pênaltis. Com uma linha defensiva de cinco jogadores quando estava sem a bola, o tricolor conseguia se defender bem. Quando atacava, o Esquadrão preenchia o meio-campo e chegava na frente com bom número de jogadores. E nos contra-ataques, Davó dava trabalho à defesa athleticana.
O segundo gol tricolor quase saiu aos 12 minutos, quando Davó ganhou da marcação na linha de fundo e cruzou rasteiro para o zagueiro Gabriel. Debaixo da trave e sem goleiro, o defensor chutou por cima e perdeu uma chance incrível.
Os primeiros 20 minutos foram de pressão total do Bahia. Além do lance perdido por Gabriel Xavier, Matheus Davó e Raí tiveram chances de ampliar. Ambos pararam em Bento.
Nervoso, o Athletico-PR cometeu muitos erros e pouco assustou Danilo Fernandes na primeira etapa. As melhores chegadas foram com o uruguaio Cannobio e em uma falta direta que o goleiro tricolor defendeu. Os athleticanos deixaram o campo vaiados.
O Bahia voltou do intervalo com o mesmo time e presença ofensiva, mas faltava acertar o pé. Com apenas um minuto, Matheus Bahia invadiu a área livre e chutou cruzado. Bento fez a defesa e o rebote ficou com André, que da entrada da área mandou por cima.
Apesar do avanço ofensivo do Athletico-PR, o Bahia conseguiu manter a boa postura defensiva. E se preparou para puxar o contra-ataque, mas mostrou dificuldade na transição entre defesa e ataque.
Na tentativa de deixar o time mais veloz, Enderson Moreira colocou Vitor Jacaré na vaga de Raí. Machucado, André também deixou o jogo e Douglas Borel foi para o campo.
Apesar das alterações, o duelo viveu um momento de queda técnica, com poucas chances claras criadas pelas duas equipes. Quando recebeu na entrada da área, Jacaré pegou mal e mandou longe do gol.
Quando o Bahia parecia encaminhar a decisão para os pênaltis, recebeu um banho de água fria. Aos 32 minutos, Terans cobrou escanteio e o volante Erick desviou para o fundo das redes, deixando tudo igual na Arena da Baixada. O 1×1 garantia a classificação ao Athletico-PR.
Numa última cartada, Rodallega foi para o jogo, mas foi o Athletico quem chegou ao segundo. Aos 48 minutos, o rubro-negro puxou contra-ataque, Terans esperou a saída de Danilo Fernandes e rolou para Rômulo, com o gol aberto, anotar o gol da virada.
FICHA TÉCNICA
Athletico-PR 2×1 Bahia – oitavas de final da Copa do Brasil (volta)
Athletico: Bento, Khellven, Pedro Henrique (Matheus Felipe), Nico Hernández e Abner (Pedrinho); Erick, Hugo Moura e David Terans; Canobbio (Rômulo), Pablo (Matheus Fernandes) e Pedro Rocha (Cuello). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Bahia: Danilo Fernandes; André (Douglas Borel), Gabriel Xavier (Zé Vitor), Ignácio, Luiz Otávio e Matheus Bahia; Patrick, Mugni e Daniel (Rodallega); Raí (Jacaré) e Davó (Marcelo Ryan). Técnico: Enderson Moreira.
Estádio: Arena da Baixada (Curitiba)
Gols: Matheus Davó, aos 4 minutos do 1º tempo, Erick, aos 32 minutos, e Rômulo, aos 48 minutos do 2º tempo
Cartão amarelo: Pablo (Athletico-PR); Gabriel Xavier, Vitor Jacaré (Bahia)
Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique (CE), auxiliado por Eduardo Goncalves da Cruz (MS) e Nailton Junior de Sousa Oliveira (CE)
VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)