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Diretor de ‘Telefone Preto’ fala como saída da Marvel o levou a focar a fazer um terror ‘melhor’

Filmes de terror podem ser genéricos e apenas tentar assustar o espectador com sons altos e imagens que saltam na tela, mas o diretor Scott Derrickson queria algo muito mais pessoal com seu novo lançamento, “O Telefone Preto”. Ele contou, em entrevista à Jovem Pan, que o filme é um grande reflexo da sua própria infância, vivida no mesmo período do filme, na década de 70. “A principal emoção que eu associo à minha própria infância é o medo. Muito por causa da violência, mas eu também era o mais novo em um quarteirão com 13 garotos. Então, eu sofri muito bullying”. Ele contou que, depois de deixar a produção de “Doutor Estranho 2” por divergências criativas, decidiu se aprofundar na terapia para entender os próprios traumas e, a partir desse “processo libertador”, criar uma história que retratasse esses sentimentos ou, como ele definiu, sua própria versão de algo como ‘Os Incompreendidos’ (filme de François Truffaut sobre sua infância). 

“Eu não achei que minha infância era tão interessante quanto a dele, não havia coisa suficiente ali para fazer uma história por si só, mas, quando eu pensei em combinar com o curta do Joe Hill, aí eu fiquei ‘ah, isso é uma boa ideia’”, relata o diretor. O conto, que tem o mesmo nome do longa, está disponível para leitura na internet, em inglês. Derrickson ainda ressalta que, ao expressar as próprias experiências na tela, consegue fazer com que a história fique ainda mais universal, fazendo a conexão com os mais diversos públicos por meio de vivências similares: “O filme é muito pessoal, e todos sentem isso. Isso é muito satisfatório, porque eu sinto que quanto mais personalidade um criador consegue passar na obra, mais ela se torna uma experiência universal. Quanto mais específico ele é sobre experiências próprias, mais ele conversa com as pessoas, porque as pessoas conseguem sentir a verdade ali”.

O diretor, que já é um veterano no gênero, com filmes como “O Exorcismo de Emily Rose” e “A Entidade” no currículo, conta, ainda, que o terror foi o meio pelo qual ele sempre conseguiu se expressar melhor e, por causa disso, foi capaz de mergulhar o público nesta mistura entre o conto e sua própria infância: “Eu acho que sempre tive facilidade para criar suspense e coisas assustadoras na tela. Não é muito diferente da comédia. Você não consegue ensinar alguém como contar uma piada ou fazer uma cena engraçada, ou você tem uma facilidade para isso ou não tem”, completa o cineasta.

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Uma das coisas que eu amo neste filme é que ele é também sobre o fato de como o mundo dos adultos não está tomando muito cuidado com essas crianças. O sequestrador é maléfico, com toda a certeza, mas o resto do mundo deles também não é muito acolhedor. E a história não é muito sobre o sequestrador, ela é muito mais sobre este menino e esta menina e o amor que eles têm um pelo outro. E, neste ponto, criar, dentro de um filme de terror, uma história de amadurecimento, me pareceu muito novo e original.

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