O Copom, Comitê de Política Monetária do Banco Central, aumentou em meio ponto percentual a taxa básica de juros. Com isso, a Selic subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. É o maior índice desde janeiro de 2017.
Esta é a 12ª vez seguida que a taxa básica de juros sofre alta. A escalada começou em março do ano passado, quando a taxa saiu do menor valor da história: 2% ao ano. Elevar a Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle.
O economista do IBMEC William Baghdassarian destaca que a alta de preços é provocada por fatores internos e externos: “A gente teve um aumento por conta de fatores externos e domésticos. Basicamente a inflação americana, a incerteza da covid e guerra. E, no mercado doméstico, a questão de a gente ainda ter uma inflação elevada, muito a questão do dólar, o preço da energia, o preço da gasolina ainda pressiona um pouco – por mais que o preço do consumidor tenha caído, mas tem uma certa pressão -, e um item que acaba trazendo muita incerteza é a questão das eleições de outubro. Menos pela questão da da linha ideológica de cada candidato, mas, principalmente, sobre que tipo de atuação econômica ele vai ter a partir de janeiro.”
A Selic é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, e serve de referência para as demais taxas da economia. No entanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, porque ela é apenas uma parte do custo do crédito.
Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores. Entre eles, o risco de inadimplência, o lucro e as despesas administrativas.
*Com informações da Agência Brasil
Economia Brasília 03/08/2022 – 21:29 Jacson Segundo / Beatriz Arcoverde Victor Ribeiro* – Repórter da Rádio Nacional Copom Selic Taxa Básica de Juros quarta-feira, 3 Agosto, 2022 – 21:29 2:00