O cônsul Uwe Herbert Hahn, do Consulado da Alemanha no Rio, foi transferido para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, na manhã deste domingo (7). Ele foi preso na noite de sábado (6), acusado pela morte de seu marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, de 52 anos. O corpo foi encontrado com mais de 30 lesões em várias partes do corpo, de acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
À polícia, Uwe Herbert disse que o marido sofreu um mal súbito, na noite da sexta-feira (5), bateu a cabeça e morreu.
Na manhã de hoje, a defesa do cônsul deu entrada em um habeas corpus. O pedido foi negado pelo plantão judiciário. Os dois eram casados há 20 anos e moravam no Rio havia quatro.
Em depoimento, o cônsul contou que o marido teria entrado em surto e começou a correr em direção ao terraço. Ele disse que o marido tropeçou no carpete e caiu com o rosto no chão e fez alguns barulhos, que ele não sabe informar se seriam gemidos ou dor.
Uwe contou que estava na cozinha preparando uma massa, quando ocorrer a queda e que ela não sabe dizer se o marido bateu com a cabeça em alguma mobília ou no chão.
O cônsul ainda disse que ficou desesperado e chegou a dar um tapa nas nádegas de seu marido para tentar reanimá-lo e que depois foi até a portaria para pedir ajuda ao porteiro, que acionou o Samu.
O laudo do IML apontou lesões como equimoses, escoriações e outros ferimentos pelos braços, pernas, tronco e cabeça da vítima. No rosto, são quatro ferimentos e no tronco pelo menos mais seis lesões. Há feridas também no ânus. O apartamento dos dois tinha sinais de sangue, e também indícios de uma lavagem recente, feita por uma funcionária do cônsul.