O motorista por aplicativo Edivaldo Cunha da Silva, de 37 anos, desapareceu depois de uma corrida na madrugada da segunda-feira (15), em Salvador. O carro dele foi encontrado nesta terça-feira (16), no Ogunjá. De acordo com a Polícia Civil, o veículo será periciado.
De acordo com informações da TV Bahia, o carro foi levado para o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e será levado para o Instituto Médico Legal (IML) para a perícia. O veículo tem identificação de transporte por aplicativo e foi encontrado trancado, com a borracha do vidro do lado do motorista presa, além de marcas de estrago próximo ao farol esquerdo.
O último contato do motorista foi com a esposa, Ana Carolina, quando ele contou que tinha acabado uma corrida. A jornalista informou que conversou com o marido até 00h15, quando recebeu o boa noite dele.
Questionada sobre os horários que Edivaldo rodava, Ana Carolina comentou que ele trabalhava às noites e aos finais de semana. Ela também comentou se preocupava com notícias de crimes contra motoristas em Salvador, mas com a situação complicada para conseguir emprego, o marido optou pelo aplicativo de transporte para obter uma renda fixa.
“Vimos as notícias, mas é preciso trabalhar. Todos os dias quando ele sai para trabalhar, seja de dia ou de noite, oramos e entregamos a vida dele na mão de Deus”, disse. Com medo, ela também reforça que há violência em todos os locais e que não há o que fazer. “Medo, a sociedade já vive por natureza, com o mundo do jeito que está”.
Edivaldo é pai de um garoto de 11 anos, do relacionamento de antes, e espera um filho com Ana Carolina, que está grávida de três meses.
Entenda o caso
Ana Carolina conseguiu enviar a última mensagem por volta das 3h de segunda (15). Na tarde daquele mesmo dia, a jornalista ligou para o celular do marido e uma mulher atendeu, alegando que alguém tinha feito contato por aquele número. Horas depois, um homem, identificado como Gabriel, disse que Edivaldo estava dormindo em sua casa e desligou o celular de vez, ficando sem sinal.
A esposa de Edivaldo registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP).