O consórcio formado pelas empresas Equipav e Perfin venceu o leilão que transferiu para iniciativa privada a gestão de mais de 454 quilômetros de rodovias no Sul de Minas Gerais.
O grupo ofereceu um desconto de pouco mais de 15% no montante a ser pago pelo governo do estado à concessionária como contraprestação. O valor inicial previsto era de R$ 439 milhões. Fechou em pouco mais de R$ 377 milhões.
Além da contraparte do governo, o consórcio deve investir R$ 2 bilhões e 300 milhões, além dos gastos operacionais estimados também em R$ 2 bilhões e 300 milhões. O contrato de concessão vai durar 30 anos.
Pelo edital, as empresas também poderiam oferecer desconto na tarifa do pedágio, mas não houve nenhuma oferta e o preço do pedágio ficou no valor máximo de R$ 8,32.
O grupo vencedor é o mesmo que na semana passada arrematou, em um lance único, o primeiro lote do leilão, com rodovias na região do triangulo mineiro. Dessa vez, além do consórcio vencedor, e empresa Monte Rodovias também disputou o leilão.
A concessão das rodovias mineiras só pode ser realizado depois que o governo do estado derrubou uma liminar na justiça que impedia a concessão do trecho da BR-459 entre as cidades de Poço de Caldas e Itajubá.
A ação foi movida pelo Ministério Público Federal, que questionou o acordo feito em 2002 entre a união e a gestão estadual transferindo a rodovia federal para o governo de Minas em troca de investimentos em manutenção e conservação. O acordo, segundo o ministério público, nunca foi cumprido. Além da BR-459, o lote reuniu outros sete trechos de rodovias estaduais entre as cidades de Poços de Caldas, Itajubá e Pouso Alegre.
Economia São Paulo 17/08/2022 – 18:27 Roberto Piza / Guilherme Strozi Eliane Gonçalves – Repórter da Rádio Nacional concessão rodovias Minas Gerais privatização quarta-feira, 17 Agosto, 2022 – 18:27 109:00