Edgardo Bauza teve uma carreira de sucesso como treinador, conquistando dois títulos da Copa Libertadores da América – por San Lorenzo (Argentina) e LDU (Equador) – e até dirigiu a seleção da Argentina, mas agora trava uma batalha difícil. O técnico do São Paulo em 2016 está com uma doença degenerativa e, segundo seu ex-auxiliar, José Di Leo, a situação é muito triste.
“Agora estamos numa fase em que é preciso forçá-lo a lembrar, ou não. Acontece também quando estou com ele lá e acabo me machucando, porque é como se ele estivesse se forçando. Não faz sentido, não gosto disso, ter que forçá-lo. É muito difícil”, explicou o amigo, em entrevista Rádio Villa Trinidad da Argentina.
Patón, como era conhecido Bauza, também brilhou como jogador e recentemente acabou homenageado com um busto pelo Rosario Central. Ele ainda é o defensor com mais gols na história do clube. Mas, devido aos problemas de saúde, não pôde comparecer à cerimônia.
“Quando vi o busto de Patón fiquei chateado, porque ele não pode apreciar e valorizar o que estão fazendo com ele. Eu gostaria que ele estivesse lá, mas por causa do problema ele tem que ficar calmo em casa”, comentou José Di Leo, que revelou ter feito planos para a aposentadoria ao lado de Bauza.
“Dói ter conquistado tantas coisas e agora não poder desfrutar delas juntos. Sempre falamos em nos aposentarmos juntos e que íamos ver todas as Copas do Mundo”, explicou.
Na passagem pelo São Paulo, Bauza teve como melhor momento a disputa da Libertadores de 2016. O treinador levou a equipe do Morumbi à semifinal da competição.