A Polícia Federal (PF) afirmou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) atrapalhou uma investigação envolvendo o influenciador digital Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi revelada pelo repórter Aguirre Talento, do jornal O Globo.
Segundo a publicação, um integrante da Abin foi flagrado, em março do ano passado, em uma operação cujo objetivo seria prevenir “riscos à imagem” do presidente da República. Trata-se de Luiz Felipe Barros Felix.
Ele teria recebido a missão de levantar informações sobre o paradeiro de um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil que teria sido doado a Jair Renan e ao personal trainer Allan Lucena por um empresário do Espírito Santo.
Na ocasião, Allan Lucena procurou a polícia para denunciar que estava sendo seguido, como revelou o Metrópoles. Segundo ele, um carro preto o acompanhava ininterruptamente há, pelo menos, três dias.
Morador do Sudoeste, Allan ficou desconfiado ao ver o veículo entrar no estacionamento do seu prédio. O empresário, então, esperou o carro adentrar, fechou o portão e ligou para a Polícia Militar.
A guarnição chegou ao local e abordou o condutor do automóvel suspeito. Era Luiz Felix. O homem se apresentou como agente da PF e alegou que estava aguardando uma garota de programa.
“A referida diligência, por lógica, atrapalhou as investigações em andamento posto que mudou o estado de ânimo do investigado, bem como estranhamente, após a ampla divulgação na mídia, foi noticiado, também, que o sr. Allan Lucena teria ‘devolvido’ veículo supostamente entregue para o sr. Renan Bolsonaro”, assegurou a Polícia Federal, no relatório divulgado pelo O Globo.
A reportagem do Metrópoles procurou a PF, a Abin e a defesa de Jair Renan. Nenhum deles se manifestou. O espaço segue aberto.
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