InícioEditorialArarinha-azul que foi solta com grupo na Bahia desaparece, diz ONG

Ararinha-azul que foi solta com grupo na Bahia desaparece, diz ONG

Uma das oito aririnhas azuis que foram libertadas em Curaçá, na Bahia, no mês de junho, está desaparecida, segundo a ONG alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP), que publicou um comunicado na quarta-feira (7). 

Segundo a ONG, a ararinha, que não teve gênero informado, saiu do grupo e desde a semana passada não volta para a estação de alimentação. Desde então, ao lado do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), a ONG tenta achar o animal. Até agora, contudo, a ararinha não foi localizada.

Também não foram encontrados sinais de predadores nos pontos que as ararinhas costumam ficar.

Todas as aves foram liberadas com uma coleira de identificação, mas é possível que o aparelho tenha sido danificado ou destruído, o que prejudica a localização. 

A comunidade local já foi informada sobre o sumiço da ave, segundo a ONG. 

Liberdade
Na época, o coordenador da operação, Antonio Eduardo Barbosa, explicou que esse primeiro grupo de oito aves foi escolhido entre os mais aptos a sobreviver na natureza. “São animais sadios, que têm musculatura de voo, que interagem e que não apresentam comportamento agonístico, isto é, que não brigam com outro. São os animais mais aptos para a soltura.”

As ararinhas-azuis foram soltas com oito araras-maracanã, espécie com quem dividia o habitat natural e que tem hábitos semelhantes aos seus. Nos últimos dois anos, as ararinhas passaram por adaptação em um viveiro instalado em Curaçá e que envolveu a redução do contato com humanos, o convívio com araras-maracanã, o treinamento do voo, o reconhecimento de predadores e a oferta de alimentos que serão encontrados na natureza.

Para esse projeto de reintrodução, foram criadas, em 2018, duas áreas de preservação em Curaçá e Juazeiro: a Área de Proteção Ambiental (APA) da Ararinha-Azul e o Refúgio da Vida Silvestre (Revis) da Ararinha-Azul. “Foi uma soltura branda, como chamamos. A gente abre o recinto, mas quer que as aves permaneçam ali. Será ofertada alimentação suplementar durante um ano, para que elas ainda visitem o recinto. Nessa fase experimental, queremos conhecer a dinâmica que as aves vão apresentar”, afirmou Barbosa.

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