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Enderson cita desgaste em escolha do time contra o Sport: ‘Não tem o que lamentar’

O Bahia voltou a repetir um roteiro que tem deixado os tricolores preocupados. Fora de casa, o time não consegue jogar bem e segue sem vencer no segundo turno do Brasileirão. Dessa vez, o tropeço foi diante do Sport, por 1×0, na Ilha do Retiro.

Após a partida, o técnico Enderson Moreira analisou o desempenho do tricolor e explicou as mudanças que fez no time. Depois de consolidar Jacaré e Davó como dupla de ataque, o treinador escalou o trio formado por Rodallega, Raí e Igor Torres, jogadores que não estavam sendo aproveitados nem mesmo durante os jogos. 

“A gente fez uma escolha em cima do desgaste que a gente teve. Ninguém sabe como é desgastante sair de Criciúma, pegar quase três horas de ônibus… chegou em um ponto em que a gente não teve escolhas. Mas fizemos um jogo dentro do que a gente queria. Criamos chances, poderia ter feito 1×0. Não tem o que lamentar, a gente não pode ficar toda hora ‘por que é essa escalação?, por que aquela?’ Porque a gente trabalha no dia a dia e temos que fazer escolhas. Era muito provável, se eu não fizesse mudanças e tivesse perdido, perguntarem porque não colocou um time mais fresco, descansado. Acho que o time cumpriu o que a gente esperava”, iniciou o treinador. 

“Ytalo, que era uma possibilidade, ainda precisa de um período de trabalho. Ele tem ido para os jogos, mas jogado pouco e começar com ele era muito complicado. Tanto Davó quanto Jacaré eram jogadores com muito desgastes. Dentro da situação foi a melhor formação”, completou.

O treinador também foi questionado sobre a falta de criatividade que o time apresentou nos jogos contra Criciúma e Sport. Apesar da pouca eficiência do ataque, que passou em branco nas duas partidas, Enderson não concordou com a análise e disse que o time está trabalhando para colocar as bolas nas redes. 

“São contingências do futebol. Às vezes a gente chuta no gol, o goleiro defende, é uma situação menos perigosa do que um chute cruzado como aconteceu contra o Criciúma, aconteceu hoje com o Raí. Acho que a gente  está trabalhando para fazer o gol, essa situação. Estamos tentando, é bola de cruzamento, último passe, é acertar. O que acontece com time que não treina? Vai caindo, é normal para todos os times”, explicou. 

Com 51 pontos, o Bahia está na vice-liderança da Série B, mas pode ser ultrapassado pelo Grêmio, no complemento da rodada. Além disso, o time reduzir a distância para o Londrina, 5º colocado, que atualmente é de sete pontos. Apesar do cenário, Enderson diz que não se preocupa com os concorrentes e que o mais importante é terminar a Série B dentro do G4. 

“O que estamos muito preocupados é em chegar entre os quatro. Se vai ser em segundo ou terceiro, não faz diferença. Tudo isso são detalhes. Queremos ficar entre os quatro, matematicamente garantidos. Vamos passar agora por um período de muitos confrontos diretos, temos que seguir o nosso caminho. De maneira alguma estamos satisfeitos com o resultado, mas não podemos fazer disso uma coisa horrível como se fosse uma incompetência geral. Queria que tivesse respeito”, finalizou.
 

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