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Maglore apresenta no Pelourinho show do álbum V, um dos melhores do ano

Ainda – ou já?! – estamos em setembro, mas já dá pra cravar que V, mais recente álbum da Maglore, lançado há mais ou menos um mês, é um dos grandes álbuns do ano e certamente estará nas primeiras posições das listinhas de melhores discos brasileiros de 2022. O quinto álbum de estúdio chega com o mesmo som melódico, pop e muito competente de Teago Oliveira e sua turma. E provavelmente renderá um ótimo show neste sábado, no Largo Quincas Berro D’Água, no Pelourinho.

Se algo mudou em relação aos discos anteriores, certamente foi para melhor: a banda agora está acompanhada de violinos e metais, que deixam o som ainda mais emocionante e Teago, se não é um exímio cantor, tem uma voz agradabílissima, tão gostosa e suave quanto o som do quarteto, que está na estrada há 13 anos e já passou por diversas formações.

Agora, os titulares são: Teago (voz e guitarra), Lelo Brandão (guitarra e synth), Felipe Dieder (bateria) e Lucas Gonçalves (baixo). Lucas, o mais recente integrante, entrou na banda em 2017 e ele contribui fundamentalmente com seis composições, sendo uma em parceria com Teago, compositor mais prolífico do grupo. Além disso, Lucas canta em três faixas.

O ouvinte vai perceber em V a presença de muita coisa a que o som do álbum remete. Tem um pouco de folk, o que não é novidade para quem já conhece o som da banda nascida na Bahia. Tem também muito dos anos 60, como em Amor de Verão, que nos faz lembrar The Beach Boys, inclusive na referência à estação, que também era recorrente na banda americana.

O baterista Felipe Dieder reconhece que os anos 1960 realmente encantam os quatro integrantes, embora todos eles já tenham nascido a partir da década de 80.

“Beatles, para nós, é religião. Gostamos também do Beach Boys, das bandas de São Francisco [cidade dos EUA cujo rock estourou nos anos 1960 e 70], que vão além do iêiêiê. E sou ‘fãzão’ do Velvet [Underground, banda de NY dos anos 60], que já é mais sombrio”.

O Maglore apresentou este show em São Paulo e Belo Horizonte nas últimas semanas e na capital paulista teve ingressos esgotados em 48 horas. Os paulistanos tiveram um privilégio que os baianos, infelizmente não vão ter: lá, teve o trio de cordas, o que permitiu ser mais fiel à gravação em estúdio. Mas quem for ao Pelourinho também vai curtir muito, segundo Felipe: “Nosso som, ao vivo, tem mais potência, causa outra impressão. A gente gosta de tocar mais alto”, diverte-se o baterista. Os metais, no entanto, estarão presentes neste sábado.

Lucas Gonçalves (foto: Carime Elmor)

Além das baladas românticas que marcam a Maglore, V tem canções que abordam questões políticas. Essa é uma das contribuições de Lucas Gonçalves, a quem os colegas se referem carinhosamente como Luquinhas. Felipe diz que essa é uma novidade para o grupo, que não falava de política tão explicitamente.

“Nesse disco, realmente tem mais. Eles [nome de uma das canções] tem essa pegada. Mas isso obedece a um curso natural”, diz Felipe.

A canção Eles é uma das composições de Lucas Gonçalves, que entrou na banda em 2017. “Eles manipularam céus e estações/ Aços e vigas, lentes e canhões/ Com a desculpa das evoluções/ (…) Fuzis e botas em altos brasões/ Forjam verdades e conspirações”, diz a letra.

Lucas tem 30 anos e nasceu no interior paulista. Foi criado no interior de Minas Gerais e diz que é aquele mineiro tímido, que vai chegando devagar. “Nunca cheguei lá pra mostrar minhas coisas a eles, mas foi muito natural. Sou o mineiro quietinho… mas eles pedem pra eu tocar minhas coisas. Mas às vezes ‘dá uma travada’ quando mostro a eles”, diz Lucas, que, nos palcos, enfrenta a timidez e assume o vocal no lugar de Teago em algumas canções.

Outra música de Lucas que tem cunho político, Maio 1968, nasceu como uma homenagem à mãe dele, nascida naquele mês. Aí, a banda atinge o ápice da psicodelia, com direito, na letra, a citação a Yellow Submarine, animação dos Beatles igualmente psicodélica. “O mundo em bruta sinfonia/ Enquanto minha mãe nascia”, canta Lucas naquela que certamente é a melhor canção do disco e que, logo, vai fazer o público cantar com eles nos shows, formando aqueles lindos coros.

SERVIÇO – Maglore – lançamento do álbum “V”

Onde: Largo Quincas Berro D´Água – Pelourinho

Quando: 17 de setembro (sábado), às 20h.

Valor:

Lote 1: R$ 50 (inteira) | R$ 25 (meia) | R$ 35 (inteira social)*

Lote 2: R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia) | R$ 45 (inteira social)*

Lote 3: R$ 80 (inteira) | R$ 40 (meia) | R$ 55 (inteira social)*

*entrada mediante doação de 1kg de alimento não perecível ou produto de limpeza

Ingressos: Sympla

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