InícioEditorialEntenda o Marmita Gate, suposto caso de estelionato que viralizou na internet

Entenda o Marmita Gate, suposto caso de estelionato que viralizou na internet

A internet foi tomada por uma nova teoria da conspiração, o “marmita gate”. A informação de um suposto projeto de entrega de marmitas passou a repercutir nas redes sociais após supostamente, duas mulheres terem utilizado o perfil “Alimentando Necessidades” para angariar fundos para doações que não foram realizadas, em Blumenau, em Santa Catarina.

As duas coordenadoras do projeto, identificadas como Taynara Motta e Duda Poleza, publicavam diversas histórias que atraíram milhares de curtidas, dentre elas, mensagens de uma pessoa que supostamente ofereceu carne vencida para as marmitas e de um homem que teria pedido fotos íntimas em troca das doações. A revolta dos internautas ajudou a divulgar a página.

Taynara, especificamente, ficou conhecida por relatar uma experiência de estupro que teria sofrido. No fim da publicação, uma chave de pix foi disponibilizada para doações. 

As especulações sobre a veracidade das informações cresceram, no entanto, quando um grupo autônomo de pesquisa em OSINT (Open Source Intelligence) publicou uma análise sobre o caso, e sobre o perfil de Taynara.

Os internautas, então, passaram a especular se Taynara realmente existe. Ela não foi encontrada em nenhuma outra rede social e nem como moradora de Blumenau no banco de dados do sistema do governo de Santa Catarina.

As teorias só ganharam mais força quando, em uma tentativa de negar os rumores, as duas criadoras gravaram vídeo para provarem ser reais. No vídeo de Taynara, que logo foi deletado, os usuários perceberam uma quantidade de filtros usados e a pouca iluminação. Eles suspeitam que se tratava da própria Eduarda.

Eduarda, então, realizou uma live na segunda-feira (26) no perfil do Alimentando Necessidades no Instagram, afirmando que houve um conflito entre as duas e Taynara não respondeu às mensagens para participar.

Os internautas acusam as criadoras de não realizar prestação de contas transparente das doações e de reutilizarem fotos de marmitas e criarem imagens manipuladas.

Em entrevista ao jornal O Município Blumenau, Eduarda afirmou que nunca escondeu nada. “Eu pequei em não me informar direito sobre como teria que ser uma prestação de contas, mas é regularmente postado fotos das notinhas fiscais”, comentou.

Por enquanto, a situação não passa de uma teoria da conspiração, sem investigação para apurar se houve golpe.

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