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Universidade de Santa Cruz, na Bahia, vence desafio de inovação em São Paulo

A equipe Cacau High Tech, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), localizada em Ilhéus, no sul da Bahia, foi campeã do 3º Desafio Flex de Inovação, com o desenvolvimento e implementação de Dispositivo de Corte e Análise da Qualidade de Amêndoas de Cacau, por meio de inteligência artificial. O evento foi promovido pelo Fletronics Instituto de Tecnologia (FIT) localizado em Sorocaba, em São Paulo. 

O evento tem o objetivo de aproximar a relação Universidade e Indústria, encontrar novos talentos e desenvolver um ecossistema para acelerar a inovação de corporações e startups. A equipe da Uesc concorreu com mais de 100 projetos tecnológicos inovadores de diversas universidades do país. 

A equipe Cacau High Tech é formada basicamente pelos professores da Uesc Eduardo Palmeira, José Carlos de Camargo e Geovana Pires, pelo doutorando Felipe Antunes (egresso da Uesc) e pelo estudante de engenharia mecânica Iago Cruz. A atividade chave está ligada ao desenvolvimento, pesquisa e inovação. A classificação das amêndoas é feita por meio da otimização de uma rotina computacional utilizando de inteligência artificial.

O grupo foi recebido pelo reitor Alessandro Fernandes, que destacou a importância do prêmio para a Universidade e para a sociedade em geral. “O prêmio é simbólico. A nossa Uesc foi única universidade do nordeste brasileiro concorrendo com instituições tradicionais, situadas em outras regiões, e conquistar esse prémio pela criação de uma ferramenta que garante a qualidade do nosso cacau além de revelar um ecossistema tecnológico e inovador em seu ambiente”, disse. 

O desafio que a equipe buscou solucionar diz respeito à deficiência na análise da qualidade da amêndoa do cacau. Atualmente, esta classificação é feita a partir de um teste de corte que consiste na seleção individual das amêndoas e a análise visual das suas características. O processo de corte é feito por um alicate e a classificação por meio de uma análise visual, a qual depende necessariamente da capacidade de avaliação do analista. Além de demorado, o processo é passível de falhas, já que depende da capacidade de avaliação do analista.

Para solucionar esse desafio, a equipe Cacau Hightech propôs desenvolver um equipamento de corte com inteligência artificial embarcada. Esse equipamento faz a classificação em escala, visto que o corte é automatizado. A amêndoa é alojada em uma corrente transportadora, seccionada e levada a um compartimento onde é feita uma imagem por meio de uma câmera digital. Esta imagem é enviada a um hardware a qual faz a classificação utilizando inteligência artificial. Um relatório é emitido e contém as informações sobre a classificação.

Para concluir o processo, a amêndoa é armazenada em bandejas de acordo com a classificação. O sistema de inteligência artificial embarcado contempla as etapas de registro das Amêndoas, classificação, registro da classificação, armazenamento e geração de relatório.

O modelo de negócio tem como proposta de valor fornecer um equipamento de corte de amêndoa de cacau automatizado e com um sistema de análise automatizado baseado em Inteligência artificial acoplado a esse equipamento. Os parceiros são a Uesc, o Centro de Inovação do Cacau (CIC) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Informática Eletroeletrônica de Ilhéus (Cepedi).

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