O poeta, músico e compositor Luiz Galvão morreu na madrugada deste sábado (23). Fundador dos Novos Baianos, ele estava internado desde o mês passado no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo.
Galvão vinha de um histórico de emergências médicas após sofrer um infarto em 2017 que deixou sequelas. No dia 12 de setembro, ele foi vítima de um novo infarto em sua casa na capital paulista.
Em seu perfil no Instagram, Caetano Veloso prestou uma homenagem ao artista. Segundo Caetano, ter criado e liderado os Novos Baianos coloca Galvão entre as pessoas que mudaram o rumo da história do Brasil.
“Sendo de Juazeiro, atraiu João Gilberto para a casa coletiva em que viviam os membros do grupo. E isso definiu o caminho rico que se pode resumir no álbum Acabou Chorare mas se redobrou em muito mais”, escreveu.
Caetano disse que vai sentir saudades dele e celebrar “a peculiaridade” de Galvão. “Tenho a honra de ter sido parceiro dele em ao menos uma canção sobre o Farol da Barra. Num barzinho do Campo Grande, a dupla era Moraes e Galvão. Depois se multiplicaram em Baby e Pepeu e Dadi e tantos mais. Os dois já se foram, mas seu legado mantém o pais capaz de muito mais do que parece”, publicou.
O ator Lucio Mauro Filho também publicou uma homenagem ao cantor. Ele contou que seu primeiro musical foi escrito em homenagem aos Novos Baianos.
“Mestre Luiz Galvão acaba de serenar e foi encontrar seu parceiro Moraes Moreira, na imensidão da eternidade.
Juntos eles fundaram os Novos Baianos e fizeram a cabeça do Brasil. Comigo não foi diferente. Minha mãe me apresentou a música deles e mudou minha vida para sempre, como fazem as mães com frequência”, disse.
Dificuldades
Em setembro, a esposa dele, Janete Galvão, contou sobre as dificuldades de arcar com despesas médicas, que estavam estimadas em R$ 20 mil mensais, além da falta de condições para contratar um plano de saúde.
Nos últimos cinco anos, Galvão recebeu tratamentos hormonais, técnicos – tudo tecnologia de ponta, que justifica o alto valor. Segundo Janete, uma advogada foi contratada para atualizar os contratos que garantem os repassem de direitos autorais de discos como o Acabou Chorare e o Novos Baianos F.C. lançados em 1972 e 1973, respectivamente.
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