A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas cresceu 4% em setembro, já descontada a inflação. No total, a União recolheu R$ 166 bilhões no mês passado. É o maior valor para esse mês desde 1995, que marca o início da série histórica.
No acumulado do ano, de janeiro a setembro, houve um aumento de 9,5% na arrecadação da União, somando R$1 trilhão e 600 bilhões.
O balanço foi apresentado pela Receita Federal nesta terça-feira. Apesar do valor histórico, o aumento da arrecadação em setembro foi o menor deste ano. O Chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, ressaltou que apesar dessa oscilação, não há uma desaceleração na arrecadação.
O tributo que mais cresceu em setembro foi o imposto de renda sobre os rendimentos de capital, com aumento real de 86%. O Coordenador-Geral de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide, explica que esse aumento é resultado da alta da taxa Selic. Segundo ele, com juros mais altos, arrecada-se mais.
A segunda receita que mais cresceu no mês passado foram as relativas ao Imposto de Renda e ao Lucro Líquido das empresas, com aumento de 9,8%, com melhor desempenho das empresas ligadas à exportação de commodities, devido aos altos preços no mercado mundial.
Por outro lado, apresentaram queda na arrecadação os tributos ligados aos combustíveis, como resultado da redução recente de impostos.
Economia Brasília 25/10/2022 – 16:29 Nádia Faggiani / Guilherme Strozi Lucas Pordeus Leon – Repórter da Rádio Nacional Receita Federal Arrecadação impostos terça-feira, 25 Outubro, 2022 – 16:29 155:00