Kylian Mbappé, que está prestes a se preparar com a França para a disputa da Copa do Mundo, retomou o assunto sobre a possível transferência ao Real Madrid em uma entrevista à revista Sports Illustrated. O atleta também contou que quase abandonou a seleção por conta dos casos de racismo vividos na Eurocopa.

“Não posso jogar para pessoas que pensam que sou um macaco. Pensei em nunca mais voltar à seleção. Mas depois refleti junto das pessoas que jogam comigo e torcem por mim, e decidi continuar. Penso que não passa uma boa mensagem uma pessoa dar-se por vencida quando as coisas não correm como esperamos”, explicou o francês.

“Acho que sou um exemplo para muita gente e não podia deixar passar essa mensagem. Não deixei a seleção para poder dizer às gerações mais jovens ‘somos mais fortes do que isto'”, completou.

A seleção francesa integra o Grupo D da Copa do Mundo, ao lado de Austrália, Dinamarca e Tunísia. A estreia da equipe será no dia 22 de novembro, às 16 horas (de Brasília), diante dos australianos.

Quase saída do PSG

Mbappé relembrou a possível transferência ao Real Madrid, que acabou não acontecendo. O jogador voltou a falar sobre sua renovação com o Paris Saint-Germain e disse que uma conversa com o presidente francês, Emmanuel Macron, teve papel fundamental na continuidade em Paris.

“Houve várias chamadas entre ambos. Houve conversas em dezembro, janeiro, fevereiro, março. Macron ligou para me dizer ‘sei que quer ir. No entanto, quero dizer que é muito importante para França. Não quero que vá. Tens a possibilidade de fazer história aqui. Toda a torcida te quer’. Foi uma coisa absolutamente louca, o presidente ligar para continuar no clube”, revelou.

“Em Paris a página está completamente em branco. É uma magnífica oportunidade para a preencher. Há que pensar de forma diferente. Claro que era mais fácil ir para o Real Madrid. Tenho essa ambição pessoal. Mas sou francês. Sou um filho de Paris e ganhar em Paris é algo especial, verdadeiramente especial”, finalizou.