InícioEditorialAtivista e jornalista baiano fará parte da transição do governo Lula

Ativista e jornalista baiano fará parte da transição do governo Lula

A equipe de transição do governo do presidente eleito Lula terá ao menos mais um baiano confirmado entre seus integrantes. O jornalista e pesquisador de políticas de direitos humanos Yuri Silva, ativista do movimento negro, foi convidado a participar da coordenação do grupo de trabalho sobre igualdade racial. 

Neste sábado (12), entre os novos nomes divulgados, também está o da culinarista baiana Bela Gil, que foi nomeada para o núcleo de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Além deles, outros três baianos já estão entre as indicações conhecidas: o deputado Antônio Brito (PSD), para o conselho político, o economista Rafael Lucchesi, para o grupo da indústria e comércio, e a musicista Preta Ferreira, também na igualdade racial.

Coordenador nacional do Coletivo de Entidades Negras (CEN) e coordenador de Direitos Humanos do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), Yuri Silva foi indicado por 14 organizações nacionais que se reúnem entorno da ‘Convergência Negra’, fórum de unidade do movimento negro brasileiro.

Ele é o oito nome a ser anunciado para o grupo de trabalho, que já conta com os ativistas Douglas Belchior, Preta Ferreira, Thiago Tobias, Ieda Leal e Givânia Silva, além dos ex-ministros da Igualdade Racial dos governos Lula e Dilma, Martvs das Chagas e Nilma Lino Gomes.

Os oito integrantes devem ser oficializados nos próximos dias, por meio de uma portaria assinada pelo coordenador da equipe da transição presidencial e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.

Trajetória 
Nascido em Salvador, Yuri Silva tem 27 anos e é jornalista. Ele é ativista antirracista, LGBTQIA+ e das pautas dos Direitos Humanos. No mestrado em Gestão e Políticas Públicas na Fundação Getúlio Vargas – FGV (Escola de Administração – EAESP), pesquisa o orçamento das políticas públicas de igualdade racial e a transversalidade da pauta de combate ao racismo na gestão pública.

No movimento negro, também é integrante do Operativo Nacional da Convergência Negra, fórum de unidade que reúne 14 organizações nacionais e históricas do movimento negro brasileiro, como UNEGRO, CONEN, CEN, MNU, APNs, Quilombação, UNALGBT, Raiz da Liberdade, Circulo Palmarino, MNU, Afro-Origem e ABPN.

Yuri já coordenou e atuou na equipe técnica de projetos e programas operados por organizações da sociedade civil financiados pelo Governo da Bahia e pelo Governo Federal, além de organizações internacionais, para promoção dos direitos da população negra, formação de jovens negros periféricos, desenvolvimento econômico de empresários negros e de comunidades tradicionais de terreiros de candomblé e de quilombos, como Terra Preta, Feira Negros Solidários, Vitrine Cultural, Alvorada dos Ojás, entre outras iniciativas de políticas públicas.

O jornalista e pesquisador ainda é um dos organizadores do livro ‘Ìtọjú – Análises dos mecanismos de preservação da memória e do patrimônio imaterial do Candomblé na Bahia’, que discute mecanismos de políticas públicas para lidar com os patrimônios negros. 

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