Parlamentares do PSOL em São Paulo encaminharam à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma acusação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) em que apontam abandono de cargo público. As informações são da Folha de São Paulo.
Os autores alegam que, desde a derrota para Lula (PT), o presidente “tem apresentado exagerada ausência do cargo e de suas funções”. A iniciativa é do deputado estadual Carlos Giannazi, do vereador Celso Giannazi e da primeira suplente do partido em São Paulo para a Câmara dos Deputados, Luciene Cavalcante.
Entre 31 de outubro deste ano e a última segunda-feira (21), Bolsonaro trabalhou por 22 horas e 30 minutos, o que contabiliza menos de uma hora e meia por dia, de acordo com os integrantes do PSOL.
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O levantamento levou em conta os compromissos apontados na agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto. Na notícia-crime, eles indicam que houve “explícito abandono de função, sem permissão ou regularização”.
Os autores também pedem a abertura de um inquérito civil para que seja investigado eventual ato de improbidade administrativa.
Os parlamentares afirmam que, caso não seja identificado o crime de abandono de cargo público, o presidente Jair Bolsonaro pode estar incorrendo “em explícito ato de improbidade administrativa” por não tornar públicos seus compromissos oficiais.