A goleada de Portugal sobre a Suíça por 6×1, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, teve nome e sobrenome: Gonçalo Ramos. Com apenas 21 anos, o atacante colocou Cristiano Ronaldo no banco pela primeira vez na história da competição e foi o nome do jogo, com três gols marcados e uma assistência. Mas, afinal, quem é Gonçalo Ramos?
Jovem promessa do Benfica, o português é filho do ex-jogador Manuel Ramos, que jogou na primeira divisão do país por Farense e Salgueiros e chegou a ser convocado para a seleção sub-21 lusitana.
Gonçalo, inclusive, já admitiu que escuta atentamente aos conselhos do pai, e que sempre trocam mensagens após as partidas. “Apesar de nunca o ter visto jogar, tenho o bichinho pelo futebol graças a ele”, disse.
O atacante de 21 anos também representou as equipes de base de Portugal, e foi a grande surpresa da convocação para a Copa do Mundo do Catar. Ele foi chamado para a competição sem nunca antes ter disputado um jogo da seleção principal. Antes do Mundial, só participou de um amistoso contra a Nigéria, já em novembro. E fez gol na vitória por 4×0.
Gonçalo estreou na Copa no jogo contra Gana, quando entrou no lugar de João Félix. Depois, atuou na partida contra o Uruguai, quando substituiu CR7. Contra a Suíça, ganhou sua primeira chance entre os titulares – e, de quebra, barrou Cristiano Ronaldo, um dos maiores jogadores da história do futebol.
Com os gols sobre a Suíça, Gonçalo Ramos se tornou o segundo jogador mais jovem a marcar por Portugal em Copas do Mundo. Curiosamente, ele superou justamente CR7, que marcou gol na Copa de 2006 com 22 anos.
Natural da cidade de Olhão, o jogador começou na base do Olhanense. Mostrando qualidade desde cedo, foi captado para atuar nos juniores do Benfica. Na atual temporada, o atacante é o atual artilheiro do Campeonato Português, com nove gols em 11 partidas pelo Benfica.
Gonçalo gosta de atuar perto da área, e já foi comparado na base ao alemão Thomas Muller. Aliás, ganhou o apelido de “feiticeiro” de seus companheiros na seleção sub-19 de Portugal.
“Como eu recebi esse apelido? Por que eu tenho sorte com os rebotes. A bola sempre vem até mim. Eles começaram a me chamar assim na seleção, e no Benfica, o apelido me acompanha até hoje”, disse, ao Canal 11.
Por causa do apelido, ele comemorava seus gols olhando uma bola (imaginária) de cristal. Mas, fã de faroeste, ele prefere hoje em dia assoprar os dedos, como se tivesse acabado de disparar dois revólveres. Foi dessa forma que ele celebrou ao marcar sobre a Suíça, nesta terça-feira (6).