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CBPM 50 anos de história

É quase impossível falar do desenvolvimento da mineração da Bahia, nas últimas cinco décadas, sem falar do trabalho desenvolvido pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). A empresa que agora no mês de dezembro completa 50 anos da sua fundação, foi e continua sendo essencial para o desenvolvimento da atividade mineral no estado.  

A empresa que nasceu com a função de fomentar o desenvolvimento da mineração baiana, contribuiu efetivamente para tornar a Bahia o estado mais bem estudado geologicamente do Brasil, o que foi essencial para alcançar o posto de terceiro maior produtor de minérios do país, e também alcançar a produção de aproximadamente 50 substâncias minerais.

“Nestes 50 anos, a CBPM vem contribuindo de forma efetiva para o conhecimento geológico do estado, o que sem dúvida foi essencial para que a Bahia hoje seja o terceiro maior produtor de minérios do Brasil. E, não paramos por aí. Só este ano, realizamos importantes trabalhos que geraram resultados promissores. No primeiro semestre, realizamos um novo Levantamento Aerogeofísico, no Norte da Bahia, onde os resultados das sondagens são excelentes e onde provavelmente teremos uma grande mina de nível mundial”, enfatiza o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm.  

Conforme dados da empresa pública, ao longo dos últimos 50 anos, a CBPM contabiliza números surpreendentes. No total foram mais de 570 projetos executados, 130 licitações, 86 contratos de pesquisa complementar assinados, destes 49 ativos. Além disso, a empresa foi responsável por importantes descobertas minerais que ajudaram a transformar o cenário da mineração no estado. 

A importância da CBPM para a mineração da Bahia e do Brasil é enfatizada pelo presidente do IBRAM, Raul Jungmann.

“Com 400 empresas na área, 183 dos seus municípios ligados à mineração e 40 substâncias minerais passíveis de exploração a Bahia é um exemplo da diversidade mineral no Brasil e isso não seria possível se não tivéssemos os 50 anos da CBPM, que é sem sombra de dúvidas uma joia, um ativo que tem a Bahia e não apenas o setor de mineração, afirmou Jungmann.

As minas de vanádio, em Maracás; a de níquel em Itagibá, a de bentonita, em Vitória da Conquista; a de fosfato, nos municípios de Irecê e Lapão, e a de ouro no município de Santaluz, foram algumas das principais descobertas da CBPM que atualmente possui operações em 21 municípios baianos. “As áreas da CBPM são responsáveis atualmente por mais de 20% da produção mineral baiana e o nosso objetivo é alcançar 30% até 2025”, enfatiza o diretor técnico da CBPM, Rafael Avena.  

O bom desempenho do setor ajudou a CBPM a alcançar um volume recorde de receita bruta anual, saindo de R$ 14 milhões em 2019 e com expectativa de fechar 2022 com mais de R$ 70 milhões. O diretor financeiro da CBPM, Carlos Luciano Santana, destaca que novas descobertas e operações em jazidas e minas, aliadas à valorização das commodities e ampliação da produtividade reforçam o caixa da empresa juntamente com ações de reduções de custos. “Evoluímos bastante de 2019 para cá, uma vez que a companhia não se pagava e havia uma injeção de recursos do Tesouro Estadual para o custeio e a nossa folha de pagamento. Agora, estamos caminhando para uma situação de autossuficiência”, disse.  

Mina de conhecimento  
Além dos projetos de pesquisa mineral, a CBPM é uma das principais fontes de informação sobre a geologia do Estado da Bahia. São quase 70 publicações técnicas, ao longo dos 50 anos de história, com destaque para trabalhos como “Geologia da Bahia” e “Geofísica da Bahia”, que funcionam como grandes instrumentos de estudo e prospecção mineral. Toda essa pesquisa põe em destaque a grande diversidade de seus ambientes geológicos, ricos em depósitos minerais, além das rochas mais antigas da Terra, com idades que chegam a 3,5 bilhões de anos. 

Grande parte do acervo técnico da empresa pode ser encontrada em seu site, no entanto, a CBPM ainda conta com uma biblioteca, com um acervo especializado em Geociências, além da sua Litoteca onde é possível encontrar um imenso acervo de dados e de amostras geológicas composto por mais de 23 mil caixas, com aproximadamente 5 metros de sondagem cada.    

Presente e Futuro  
A qualidade do seu corpo técnico e científico é um dos grandes ativos da CBPM que possui em seu quadro de funcionários, profissionais que são a memória viva da empresa e, também, da geologia do estado. Um destes profissionais é o geólogo, atualmente no cargo de assessor da Diretoria Técnica, Antônio de Jesus Santana, ou apenas “Seu Santana”. Ao longo dos seus 77 anos, 49 foram atuando e contribuindo para a história da CBPM e da mineração baiana e que está na lista dos primeiros funcionários registrados pela empresa. 

Em seus relatos ele conta as dificuldades enfrentadas no início para poder realizar o trabalho. Chegar aos locais também era um desafio. Sem as facilidades adquiridas nos últimos anos, fazer o mapeamento geológico da Bahia era um trabalho bastante desafiador. “Tinha lugar que a gente tinha que largar o carro e alugar um animal, às vezes a gente até conseguia com os fazendeiros. Teve uma vez que fiz um percurso lá em Casa Nova que eu rodei uns 20km de cavalo, para ir ver uma ocorrência mineral. E a gente naquela época não tinha fotografia aérea, não tinha GPS, era só orientação do cidadão (nativo da região) e o mapa censitário na mão, do Censo, a gente seguia as estradinhas que o pessoal do Censo traçou até o local”, relembra Santana. 

As dificuldades do trabalho continuam, mas são amenizadas com o desenvolvimento da tecnologia. Último geólogo a integrar a equipe da CBPM Fabiano Cruz, faz parte da nova geração da empresa e destaca a importância dessa integração. “Minha expectativa na empresa é continuar participando dessa junção da equipe de profissionais qualificados e aplicação de novas tecnologias”, destaca Fabiano que é um dos exemplos da renovação do quadro da CBPM e da evolução tecnológica da empresa que segue em processo de modernização.  

 Este conteúdo tem apoio institucional da CBPM e WWI e oferecimento da Ero Brasil (Mineração Caraíba). 

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