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Três milhões de domicílios tiveram ao menos um morador vítima de furto em 2021, aponta IBGE

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2021, três milhões de domicílios tinham ao menos um morador vítima de furto. O número representa 4% do lares brasileiros. Já em relação aos roubos foram um milhão de casas tiveram pelo menos um morador feito de vítima, o que representa 2% dos lares. A pesquisa ainda mostra que 70% das pessoas com mais de 15 anos se sentiam seguras para andar sozinhas próximas de casa no ano passado, índice que caiu para 50% entre aqueles que foram vítimas de furtos e 37% para as vítimas de roubos no período. O fato de sentir-se seguro para andar perto de casa também tem disparidade entre homens, 75%, e mulheres, 66%. O IBGE ainda notou as diferenças entre as regiões do país: no Sul, a taxa de segurança é de 83% e no Norte é de 62%. Pela primeira vez, o IBGE investigou dados sobre a ocorrência de crimes, a confiança das pessoas nas instituições e mudanças de hábito por causa da insegurança. A Pnad mostra que a existência de serviços públicos afeta a percepção. Nos lugares em que o policiamento é considerado bom ou ótimo, oito em cada dez entrevistados disseram se sentir seguros para andar sozinhos. O índice cai para cinco em cada dez pessoas nas localidades em que o serviço é avaliado como ruim ou péssimo.

José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de segurança pública, afirma que algumas estruturas sociais induzem uma maior sensação de segurança na população: “Esses dados encontrados na pesquisa do IBGE mostram que, aproximadamente, 50% das pessoas têm uma certa tranquilidade ao andar perto de casa, o que é bastante natural e lógico por referências muito conhecidas de ruas, comércios, pessoas, instalações etc tornam a rotina tranquila. Outro aspecto que chama a atenção é que alguma estruturas do governo, como postos de saúde, iluminação pública, escola etc também induzem uma sensação maior de segurança. Sensação essa que reduz para pessoas que já tiveram experiências com a violência”.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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