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O que muda no mundo dos jogos de azar com Lula no governo

Durante algum tempo o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi visto como um apoiador da regulamentação dos jogos de azar no Brasil, tendo em vista o seu grande apelo para a economia, no entanto, em um cenário político de isolamento o chefe de estado teve de retroceder na sua intenção.

Bolsonaro tinha como uma base aliada a frente parlamentar conhecida como Bancada Evangélica, formada por líderes religiosos, que sempre se demonstraram contrários a regulamentação dos jogos no Brasil, exercendo assim uma pressão para que o tema não fosse levado adiante.

Durante a sua campanha em busca de reeleição, em entrevista a um podcast comandado pelos canais esportivos Paparazzo RubroNegro, InstaVerde e Futbolaço, Bolsonaro declarou que, Brasil “não está maduro” para debater a legalização de jogos de azar e de cassinos, afirmando que caso o Projeto de Lei 442/91 fosse aprovado pelo senado, ele exerceria o seu poder de veto.

“O Congresso já está discutindo isso. O que eu falei? Da forma como está sendo tratado isso, eu veto. Vetando, a bola volta para o Parlamento. Se o Parlamento derrubar o veto, é lei. Então o Parlamento já sabe da minha posição, que eu vetarei essa proposta de jogo que está tramitando lá”, afirmou o presidente.

Para o advogado do cassino, Nelson Duarte, essa questão está superada para o vindouro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chega para o seu terceiro mandato como chefe de estado após contar com mais de 60 milhões de votos, alcançando a marca de 50,90% dos votos, sem o apoio da bancada evangélica que também faz oposição a regulamentação dos jogos no Brasil.

Ou seja, ainda que a proposta da regulamentação dos cassinos não conte com uma sanção presidencial, que era esperada no governo Bolsonaro, mas que também não veio, ao menos não há a promessa e tão pouco a intenção de um veto, ao menos é o que comentou um dos integrantes da equipe de transição Edinho Silva (PT), em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes.

“Estudos dizem que a regulamentação dos jogos geraria R$ 23 bilhões no primeiro ano. Com esses recursos, teríamos um programa de compensação educacional para crianças que estão fora das escolas desde a pandemia”, comentou o atual prefeito de Araraquara/SP e principal nome cotado para assumir a Secretaria Especial de Comunicação Social.

Ainda assim, é importante ressaltar que essa se trata de uma opinião do político e não de uma intenção do governo, que fez questão de marcar a sua posição: “Eu estou defendendo. Não estou na equipe de transição da área econômica, mas defendo isso. Esse dinheiro deveria ser carimbado para educação e infraestrutura educacional”, acrescentou Edinho.

A regulamentação é apontada por muitos políticos como a principal proposta para a recuperação econômica do Brasil, fomentando o turismo, gerando postos de empregos, atraindo investidores estrangeiros e aumentando a arrecadação para os cofres públicos e criando uma saída simples para uma crise que se prolonga por um longo período.

Este conteúdo não reflete nem total nem parcialmente a opinião do Jornal Correio e é de inteira responsabilidade do autor.

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