Daniel Alves não é mais jogador do Pumas. O clube mexicano anunciou, nesta sexta-feira (20), a rescisão de contrato com o lateral-direito, por justa causa. A decisão foi comunicada em um pronunciamento do presidente Leopoldo Silva, sem direito a perguntas. Ela ocorre após o baiano ter sido preso preventivamente na Espanha por agressão sexual.
“O clube Universidad Nacional tomou a decisão de rescindir por justa causa o contrato de trabalho com o jogador. Com esta decisão, o clube reitera seu compromisso de não tolerar atos de nenhum integrante de nossa instituição, seja quem for, que atentem contra o espírito universitário e seus valores”, disse Silva.
Daniel Alves chegou ao Pumas em julho do ano passado. Ele fez apenas 13 jogos pelo time, com quatro assistências e sem gols marcados.
A última vez que o lateral entrou em campo foi no dia 8 de janeiro, quando a Justiça Espanhola já havia aberto um procedimento para investigá-lo. Ele atuou por 45 minutos e deu passe para gol na vitória por 2×1 sobre o Juárez, pelo torneio Clausura.
Em seu comunicado, o presidente da equipe mexicana defendeu a filosofia do clube para justificar a decisão.
“Não podemos permitir que a conduta de uma pessoa prejudique nossa filosofia de trabalho, que é exemplo ao longo da história na formação e desenvolvimento de jovens esportivos em nosso país”, falou Silva.
O Pumas havia emitido um primeiro comunicado antes, após a detenção de Daniel, e afirmava que executaria as ações e sanções previstas em contrato. Horas depois da ordem de prisão contra o lateral, o clube anunciou a rescisão.
A prisão preventiva de Daniel Alves foi determinada nesta sexta-feira (20), pela juíza Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrução 15 de Barcelona. O jogador foi levado ao Centro Penitenciário Brians 1, nos arredores de Barcelona, que é usado para reclusões preventivas. Ele irá permanecer recluso até julgamento, que não tem data marcada. Cabe recurso da decisão.